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Coletânea – Sanfonas & gaita

Colaboração do Lourenço Molla, de João Pessoa – PB.

Um repertório super eclético.

Participam dessa coletânea Mario Zan, Fred Williams, Nardeli e Gerson Filho.

 Coletânea – Sanfonas & gaita
1971 – RCA Camden

01 Mario Zan-El choclo (Villoldo – Catán – Discépolo)
02 Fred Williams-Ritmo alegre (Fred Williams)
03 Nardeli-êta nois (Jair Gonçalves – José Astolphi)
04 Gerson Filho-Tendencia de tangerino (Gerson Filho)
05 Mario Zan-Trem de ferro (Mario Zan – Geraldo Costa)
06 Nardeli-Ferrão de mandy (Nardeli)
07 Fred Williams-Baião da serra grande (Fred Williams – Palmeira)
08 Mario Zan-Ferroviário (Angelo Reale)
09 Nardeli-Cotuba dos 8 baixos (Nardeli)
10 Gerson Filho-Chora na rampa (Penedo – Adão Ferreira)
11 Fred Williams-Uma farra na churrascaria (Fred Williams)
12 Gerson Filho-Fim de baile (Penedo – Ary Rangel)

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Coletânea – Festa Junina

Colaboração do Lourenço Molla, de João Pessoa – PB

Coletânea com grandes sucessos de músicas juninas. Ilustrações de Luis Trimano.

O disco reúne Mario Zan, Gerson Filho, Tonico e Tinhoco, Manhoso, Ivon Cury e Clóvis Pontes.

 Coletânea – Festa Junina
1984 – Arara

01. Quadrilha completa marcada e falada
02. Segura a saia (Gerson Filho – Tonico – Tinoco) – Gerson Filho
03. Farinhada (Zé Dantas) – Ivon Curi
04. São João na roça (Tonico – Tinoco) – Tonico e Tinoco
05. Festa de São João (Madruga – Manhoso) – Manhoso
06. Fim de baile (Ary Rangel de Salles) – Gerson Filho
07. – Mario Zan
Pula fogueira (G. Marinho – J. Bastos Filho)
Chegou a hora da fogueira (L. Babo)
Isto é lá com Santo Antônio (L. Babo)
Sonho de papel (A. Ribeiro)
08. O sanfoneiro só tocava isso (Haroldo Lobo – Geraldo Medeiros) – Clóvis Pontes
09. Quero arrasta-pé (Zé Catraca – João Barone) – Gerson Filho
10. Pot pourri – Mario Zan
Festa na roça (Mario Zan – Palmeira)
Pisei na brasa (Mario Zan – Messias Garcia)
Sapecando (Mario Zan – J. M. Alves)
11. Festa junina (Fernando Sanxo – Manhoso) – Manhoso
12. Pot pourri – Mario Zan
Pedro, Antônio e João (B. Lacerda – O. Santiago)
Noites de Julho (J. de Barro – A. Ribeiro)
Cai, cai, balão (A. Valente)
Capelinha de melão (J. de Barro – A. Ribeiro)

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Gerson Filho vol. 7 – 8 baixos brasileiros

Colaboração do Lourenço Molla, de João Pessoa – PB

Mais um raro disco do Gerson Filho.

Batida boa pra dançar!

 Gerson Filho vol. 7 – 8 baixos brasileiros
1975 – Musicolor

01. Sanfona e a viola (Gerson Filho)
02. Batido roxinho (Gerson Filho)
03. Brasileirão (Gerson Filho)
04. A quadrilha é nossa (Gerson Filho)
05. Chegou, dançou (Gerson Filho)
06. Valsa da bailarina (Gerson Filho)
07. É o bom (Isnaldo Santos)
08. Levesinho (Isnaldo Santos)
09. Vale tudo (Isnaldo Santos)
10. Segura o tropé (Gerson Filho – Jósa)
11. Rancheira do pai João (Gerson Filho – Jósa)
12. Vai ter xótis no salão (Gerson Filho – Jósa)

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Gerson Filho – Kauzinha – Vol. 15

capa

Colaboração do Arlindo.

seloaselob

A maioria das músicas é instrumental, com exceção da faixa “Meu pé de serra”, uma quadrilha de autoria de Duda Santos e Gerson Filho.

verso

Interessante notar o volume 15, junto ao título do disco, poucos artistas tinha a preocupação e assinalar quantos álbuns já haviam sido gravados em suas carreiras.

Gerson Filho – Kauzinha – Vol. 15
1981 – Continental

01. A mentira só vale enquanto a verdade não chega – Forró (Gerson Filho)
02. Quadrilha de adão – Quadrilha (Gerson Filho)
03. Quadrilha em serrinha – Quadrilha (Ataide Alves de Oliveira-Gerson Filho)
04. Forró de mane velho- Forró (Gerson Filho)
05. Meu pé de serra – Quadrilha (Duda Santos-Gerson Filho)
06. Forró das capivaras – Forró (Gerson Filho)
07. Forró da nega ita – Forró (Gerson Filho)
08. Forró da encrenca – Forró (José Vieira de Melo)
09. Xote da kauzinha – Xote (Gerson Filho)
10. forró do silvano – Forró (Gerson Filho-Silvano)
11. Forro na gandaia – Forró (Gerson Filho)
12. Churumingo – Forró (Ciriaco-Gerson Filho)

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Coletânea – Forrozando vol. 2

Frente

Colaboração do Lourenço Molla, de João Pessoa – PB

Selo ASelo B

Nessa interessante coletãnea estão reunidas gravações lançadas originalmente pelos selos: RCA, JAPOTI, CID, RGE, CARTAZ e TAPECAR.

Verso

Participaram: Luiz Gonzaga, Bastinho Calixto, Forrókimbo, Zé Gonzaga, Trio Nordestino, João Gonçalves, Sebastião do Rojão, Ary Lobo, Gerson Filho, Zé Xodó, Bau dos 8 Baixos, Arlindo dos 8 Baixos, Zé Paraíba, Zé Honório, Zé do Peba e Zé Piatã.

Coletânea – Forrozando vol. 2
1981 – SOMA

01. Forró do Mané Vito (Zé Dantas – Luiz Gonzaga) Luiz Gonzaga
02. Puxe o fole (Bastinho Calixto – New Carlos) Bastinho Calixto
03. O gabola (kim de Oly – Geraldo Nunes) Forrókimbo
04. Camarão (Zé Gonzaga – Augusto Mesquita) Zé Gonzaga
05. Adeus Rosinha (Heleno Luiz – Manoel Luiz) Trio Nordestino
06. Pescaria em Boqueirão (João Gonçalves – Messias Holanda) João Gonçalves
07. O rela bucho (Elino Julião – Athaide Pereira) Sebastião do Rojão
08. O forró do cabo gato (Antonio B. de Freitas – José P. do Nascimento) Ary Lobo
09. Forró do mestre (Gerson Filho) Gerson Filho
10. Forró na fazendinha (Assis Barros) Zé Xodó
11. Piadinha de pinto (Bau dos 8 Baixos – Reginaldo Lins) Bau dos 8 Baixos
12. Forró do Junco (José Floreo) Arlindo dos 8 Baixos
13. Deixe isso pra de noite (Renato Leite) Zé Paraíba
14. Menino vaqueiro (Zé Honório – Manoel Rufino) Zé Honório
15. Forró em Petrolina (Dominguinhos – Anastacia) Zé do Peba
16. Forró no escuro (Luiz Gonzaga) Zé Piatã

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Gerson Filho – Compacto

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Colaboração do Joca, o Rojão Stéreo, de Brasília – DF.

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“Este compacto simples da RCA Victor traz duas músicas cantadas pela Clemilda que estão no LP Retalhos do Nordeste.

Destaco aqui a faixa ‘Dança do Toré’, de Jacinto Silva e Rangel. Jacinto já havia cantado o Toré no LP ‘Ritmo Explosivo’, agora compôs em parceria esta canção cantada pela Clemilda. É possível notar a presença indígena no imaginário nordestino, principalmente com seus rituais secretos.”

Gerson Filho – Compacto

01 – O forró da Coréia (Elino Julião – Oliveira Batista)
02 – Dança do Toré (Jacinto Silva – Rangel)

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Coletânea – Chegou São João

capa

Colaboração do Jhonatas Pasternack, de São Paulo – SP.

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“Essa é a coletânea ‘Chegou São João’.

Gravada em 1960 com diversos artistas do Cast Rca Victor como Mario Zan, Marinês e Sua Gente, Gerson Filho, Pixinguinha, Luiz Gonzaga, Jair Alves e Severino Januário, entre outros.

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Destaco desse LP a marcha junina ‘São João no Arraiá’ de ‘Zé Dantas’ interpretada pelo rei do baião Luiz Gonzaga.”

Coletânea – Chegou São João
1960 – RCA Victor

01. Chegou São João (Zé Dantas / Joaquim Lima) Marinês
02. Quadrilha Brasileira (Gerson Filho / Aguiar Filho) Gerson Filho
03. Baião do Amor (Geraldo Serafim / Armando Nunes) Carlos Galhardo
04. Cai Cai Balão (Assis Valente) Pixinguinha
05. Não Vou Soltar Balão (Paulo Gracindo / Antônio Rodrigues) Jair Alves
06. Polca Fogueteira (Luiz Gonzaga) Severino Januário
07. São João No Arraiá (Zé Dantas) Luiz Gonzaga
08. Assim É a Quadrilha (Mário Zan / Messias Garcia) Mário Zan
09. A Canoa do Zé (Antônio Barros / A. Rivera) Marinês
10. Tomando Quentão (Arnaldo Meirelles / João Pacífico) Arnaldo Meirelles
11. Festa na Roça (Mário Zan / Palmeira) Mário Zan
12. Fogueira de São João (Luiz Gonzaga / Carmelina Albuquerque) Luiz Gonzaga

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Gerson Filho – Compacto

capa

Colaboração do DJ Vinny, de Belo Horizonte – MG

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Embora não conste a data nos selos, acredito que o compacto é de 1965.

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Ambas as músicas são cantadas pela Clemilda.

Gerson Filho – Compacto
RCA Victor

01 Ta bom ta (Paulo Vianna – Gerson Filho)
02 Ou vai ou racha (Geraldo Nunes – Gerson Filho)

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Clemilda e Gerson Filho – 1966 – Compacto Duplo

capa

Colaboração do Zé Lima, de Niterói – RJ, enviada pelo José de Sousa, de Guarabira – PB.

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Um raríssimo disco da Clemilda e Gerson Filho.

verso

Duas músicas são cantadas pela Clemilda e as outras duas soladas pelo Gerson Filho.

Clemilda e Gerson Filho – Compacto Duplo
1966 – RCA Victor

01. Rosa Branca (José Batista / Flora Mattos)
02. Mascando Fumo (Rangel)
03. Forró do Bola (José Batista / Flora Mattos)
04. Tapera (Bernardo Silva / Albuquerque)

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Texto – Homenagem ao Centenário de Gerson Filho (1915 – 1925) – de Léo Rugero

O ano de 2015 marca uma data importante para a música nordestina: o centenário de Gerson Argolo Filho, artisticamente conhecido como Gerson Filho. Nascido em 12 de maio de 1915, na Fazenda Mundéis, no Município de Penedo, no Estado de Alagoas, Gerson Filho foi o primeiro solista de oito baixos no estilo nordestino, a gravar profissionalmente em disco, abrindo caminho para tantos outros solistas do instrumento, que despontariam em seguida, tais como Pedro Sertanejo, Severino Januário, Zé Calixto e Abdias.

Em 9 de abril de 1953, com a gravação em disco de 78 rotações das músicas “Maracanã”e “Quadrilha da Cidade”, através da gravadora Todamérica, Gerson Filho inauguraria a era fonográfica da sanfona de oito baixos nordestina.
Somente este pioneirismo já asseguraria por si só, um lugar central de Gerson Filho na história do fole de oito baixos na região Nordeste. No entanto, o sanfoneiro alagoano edificou uma das carreiras mais sólidas na história do forró, se constituindo em um dos mais representativos solistas da sanfona de oito baixos, além de importante compositor, que teria obras gravadas por Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Fagner, entre outros nomes representativos da cultura musical nordestina. Indubitavelmente, Gerson Filho foi o primeiro solista de oito baixos a obter reconhecimento artístico além do restrito âmbito de atuação dos sanfoneiros nos bailes rurais e de periferias urbanas. Através do rádio e do disco, Gerson se consagraria, tornando-se uma referência da sanfona de oito baixos no contexto midiático.
Sua bela história merece ser resgatada, bem como sua vasta obra composicional, espalhada em dezenas de fonogramas durante cerca de cinco décadas de carreira fonográfica e radiofônica.

A história musical de Gerson Filho principia em sua infância, e, desde o primeiro momento, foi marcada pelo amor à primeira vista por aquele que seria seu instrumento de fé e trabalho: a sanfona de oito baixos.
Ao completar dez anos, Gerson Filho foi enviado pela família aos cuidados de uma tia, para que completasse seus estudos na escola pública. Por volta desta época, teria ocorrido seu primeiro contato com o fole de oito baixos. Certo dia, viu passar perto da escola onde estudava, o sanfoneiro Zé Moreno, que teria causado impacto ao menino.
Algum tempo depois, Gerson Filho pediria a Zé Moreno para tomar parte de seu conjunto. Já haviam dois ritmistas ao encargo do pandeiro e do gonguê, e Gerson ficaria responsável pelo ganzá. Durante o convívio com Zé Moreno, Gerson Filho teria aprendido aos poucos a manejar o complexo instrumento, aproveitando os intervalos dos bailes e funções nas quais participavam, para descobrir os segredos entre o fole e os botões. Certa noite de São João, Zé Moreno havia sido contratado para fazer dois bailes no mesmo dia e horário. Então, solicitou ao jovem aprendiz que assumisse o posto de sanfoneiro em um dos bailes. Com a aceitação pública do jovem talento, dava-se o início de uma longa carreira.
No entanto, ainda que tenha adquirido notoriedade como sanfoneiro entre as comunidades da região, a música constituía apenas uma das atividades profissionais do jovem, que também trabalhou como feirante e até mesmo proprietário de um cabaré com o insólito nome de “Orgia Lua Branca”.

Em busca de novos horizontes, Gerson Filho se deslocaria ao Rio de Janeiro em 1948, numa longa viagem carregada de percalços.

É difícil imaginar como deve ter sido a receptividade ao trabalho do jovem sanfoneiro na Guanabara. Devemos lembrar que nesta época, ocorria a definitiva consagração de Luiz Gonzaga no Rio de Janeiro e, consequentemente, em todo o pais. Porém, o fole de oito baixos era um instrumento praticamente desconhecido no Rio de Janeiro, circunscrito às práticas de músicas tradicionais como o calango e a folia de reis, concentrados nas periferias da região metropolitana. Alem disso, Gerson Filho era adepto da afinação natural, que restringe o instrumento à pratica de musicas diatônicas, minimizando enormemente suas chances de inserção no rádio como acompanhador de cantores ou à frente de regionais de choro. Portanto, não foram fáceis os primeiros anos de Gerson Filho na capital.
Em 1949, participaria do programa “Caminho da Glória”, e logo depois seria admitido no programa “A Hora Sertaneja”, apresentado pelo radialista Zé do Norte.

No entanto, seria apenas algum tempo mais tarde, que a sorte brindaria a carreira do sanfoneiro, quando encontra casualmente num ponto de ônibus, a famosa dupla Venâncio e Corumbá, que trabalhava profissionalmente com o agenciamento de artistas nordestinos. Acompanhando a dupla, Gerson se apresentaria em circos e clubes, iniciando o processo de consolidação de sua carreira artística.

Em 1953, surge o primeiro contrato fonográfico com a Todamérica, onde começa a produzir discos de 78 rotações. Entre as primeiras músicas gravadas por Gerson, estava uma quadrilha, gênero musical que identificaria muito seu trabalho, devido ao êxito de suas criações no gênero. Além disso, gravaria baiões, xaxados, calangos, xotes, valsas e mazurcas, predominantemente instrumentais e destacando pela primeira vez em disco a sonoridade da harmônica de oito baixos, instrumento matricial no percurso histórico do acordeon na região Nordeste.

Em 1957, pela mesma etiqueta, gravaria o disco “8 baixos”, primeiro disco em 33 rotações e 10 polegadas de um solista de fole de oito baixos. O disco continha algumas das faixas anteriormente lançadas em 78 rotações agrupadas em um único disco, novidade mercadológica da época.

No ano seguinte, pelo efêmero selo VASP, lançaria o primeiro long-play, legitimando seu caminho de pioneirismo. No entanto, sua carreira decolaria definitivamente, através do contrato com a RCA, importante gravadora que divulgaria seu trabalho para todo o Brasil, tendo sido talvez o único solista de oito baixos que tenha sido reconhecido além do âmbito do público de forró, devido a receptividade de suas gravações entre o público do Sudeste. Possivelmente, uma das principais razões para isso, era a fidelidade de Gerson Filho à afinação natural, associada aos repertórios advindos de tradições musicais distintas, como a gaúcha e mineira. O uso deste sistema de afinação ampliaria a expansão de seu repertório entre os praticantes deste instrumento oriundos de outras regiões do Brasil.

Em 1964, quando trabalhava na Rádio Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro, Gerson Filho conheceu a jovem Clemilda, então garçonete de um restaurante próximo à rádio. Do namoro surgiria uma união de 28 anos, na vida e na arte.

Em 1969, o casal mudaria para Aracaju, voltando à região Nordeste definitivamente. Através de um programa de rádio chamado Forró no Asfalto, Aracaju se tornaria o quartel general da dupla, que, no entanto, continuaria a produzir seus discos no Rio de Janeiro e em São Paulo, que concentravam majoritariamente os estúdios profissionais de gravação até o final da década de 1980. A partir de 1971, Gerson Filho assinaria contrato com a gravadora Continental, onde permaneceria até o final de sua carreira.

A fidelidade à afinação natural, a alegria contagiante e corpórea de suas performances, o uso de melodias tocadas nos baixos (notas graves) da sanfona e a criação de melodias marcantes – muitas das quais inspiradas em motivos tradicionais de sua terra natal, são algumas das características que fizeram de Gerson Filho uma das principais referências do fole de oito baixos da região Nordeste.

O músico faleceu em 1994, deixando vasta fonografia e uma impressão digital fortíssima, devido ao seu estilo peculiar. O sanfoneiro Robertinho dos Oito Baixos, filho do casal Gerson Filho e Clemilda, pode ser apontado como o natural sucessor artístico, tendo herdado a arte do fole com seu pai, embora não tenha firmado carreira profissional de sanfoneiro.

Que esteja sempre viva a música saltitante e alegre de Gerson Argolo Filho, ou melhor, Gerson Filho, “o rei dos oito baixos”, levantando a poeira dos salões pelos forrós de todo o mundo afora. (Fonte)

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