Ary Lobo – Quem vem lá?

ary-lobo-quem-vem-la-capa

Colaboração do Jorge Paulo, ‘O Bandeirante do Norte’.

ary-lobo-quem-vem-la-selo-aary-lobo-quem-vem-la-selo-b

Mais um raro disco do Ary Lobo que não se encontra facilmente nos principais catálogos de discos.

ary-lobo-quem-vem-la-verso

Direção artística de Pedro Sertanejo, com acompanhamento de ‘Os Patrícios e conjunto’, destaque para a faixa título “Quem vem lá” de Alexandre Alves e Cacau, cujo ritmo foi definido como ‘Batuque’.

Ary Lobo – Quem vem lá
1968 – Cantagalo

01 Adeus Quixeramobim (Altamir P. da Silva – Carlos Diniz) Côco
02 Pontos de atrações do Recife (Luiz Boquinha – Ary Lobo) Rojão
03 Resto de vida (Gordurinha) Samba
04 Velho barqueiro (Zito de Souza – M. Soares) Toada canção
05 Lamento do camponês (José Maria Viana) Côco
06 Palmeira triste (Zito de Souza – Alexandre Alves) Toada
07 Quem vem lá (Alexandre Alves – Cacau) Batuque
08 Me leva Seu Gabriel (Ary Lobo) Côco
09 Eu sou de Belém (Péricles Sales – Ary Lobo) Samba
10 Terezinha (Carlos Diniz – Audir Dudement) Marcha
11 Derróta (Eloide Warthon) Samba
12 Na fazenda do Seu futrica (Gildo Moreno – Luiz Gomes) Rancheira

Para baixar esse disco, clique aqui.

Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.

Coletânea – Grupo Asa Branca – O fino do Baião

coletacnea-grupo-asa-branca-1980-o-fino-do-baiao-capa

Colaboração do Tiziu, do Trio Araripe. Ele nos deu acesso a sua antiga e preciosa coleção de LPs de forró, os quais, em breve, publicaremos aqui no Forró em vinil.

coletacnea-grupo-asa-branca-1980-o-fino-do-baiao-selo-acoletacnea-grupo-asa-branca-1980-o-fino-do-baiao-selo-b

O LP é uma coletânea de músicas gravada pelo ‘Grupo Asa Branca’, produzido pela Bandeirantes Discos, o álbum pertence a uma série de coletâneas chamada “O fino”.

coletacnea-grupo-asa-branca-1980-o-fino-do-baiao-verso

A maior parte das músicas são re-gravações de sucessos do Luiz Gonzaga, destaque para “Viva o Arigó” de Geraldo Nunes.

Coletânea – Grupo Asa Branca – O fino do Baião
1980 – Clack

01. Kalu (Humberto Teixeira)
02. Dezessete léguas e meia (Humberto Teixeira / Carlos Barroso)
03. O vendedor de caranguejo (Gordurinha)
04. Pé de manacá (Hervé Cordovil / Marisa Pinto Coelho)
05. Sabiá lá na gaiola (Hervé Cordovil / Mário Vieira)
06. Adeus morena (Hervé Cordovil / Manezinho Araújo)
07.
Juazeiro (Humberto Teixeira / Luiz Gonzaga)
Meu Cariri (Rosil Cavalcanti / Dilú Mello)
Dança da moda (Luiz Gonzaga / Zé Dantas)
Paraíba (Luiz Gonzaga)
08. Macapá (Humberto Teixeira / Luiz Gonzaga)
09. Penha (Luiz Peixoto / Vicente Paiva)
10.
Óia eu aí de novo (Antônio Barros)
Baião (Humberto Teixeira / Luiz Gonzaga)
11. Maringá (Joubert de Carvalho)
12. Viva o Arigó (Geraldo Nunes)

Para baixar esse disco, clique aqui.

Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.

Marinês – O nordeste e seu ritmo

marines-e-sua-gente-o-nordeste-e-seu-ritmo-1961

Colaboração do Cleiton de Abreu. Esse é o segundo LP, lançado pela RCA, da ‘rainha do xaxado’, título que lhe foi dado pelo rei do baião.

“Pernambucana de São Vicente Ferrer (zona da mata norte) e contemporânea de Luiz Gonzaga, Sivuca e Jackson do Pandeiro, Marinês foi a maior referência feminina no forró e precursora de intérpretes importantes da música regional como Elba Ramalho, Amelinha, Cristina Amaral, Nádia Maia, entre muitas outras.

marines-e-sua-gente-o-nordeste-e-seu-ritmo

Talvez o fato de ser mulher, o que no nordeste de 50 anos atrás fazia grande diferença, ou de não ter a comunicação fácil que tinha o “Rei do Baião” que sempre mostrou ser excelente “marqueteiro”, tenham impedido Marinês de ter tido a projeção nacional e internacional que teve Luiz Gonzaga. Na música e no carisma pra cantar e agradar ao público, foram iguais.

Costumo dizer que Marinês era a versão feminina de “Seu Luiz”. No início dos anos 50 do século findo, chegou a acompanhar Luiz Gonzaga em shows com sua banda “Patrulha de Choque do Rei do Baião” formada com o marido sanfoneiro Abdias e o zabumbeiro Cacau, abrindo as apresentações de Gonzaga.

Em 1956 formou o grupo “Marinês e sua gente” com o qual fez longa carreira e gravou inúmeros trabalhos individuais e em parceria com artistas contemporâneos seus e mais jovens como Jorge de Altinho, Fagner e Alceu Valença.” (Fonte)

Destaque para “Gírias do norte” de Jacinto Silva e Onildo Almeida.

Marinês – O nordeste e seu ritmo
1961 – RCA Victor

01. Gírias do norte (Jacinto Silva / Onildo Almeida)
02. Vamos refungá (José Batista / Flora Mattos)
03. Meu sacrifício (Antônio Barros / Silveira Júnior)
04. Dona fortuna (Jota Reis / Airton Amorim / Zé da Zilda)
05. Cadê o peba (Zé Dantas)
06. Vamos faxiar (Antônio Barros / Silveira Júnior)
07. Marinheiro (Tradicional / Adpt. Onildo Almeida)
08. Felicidade de sertanejo (Onildo Almeida)
09. Decepção (Antônio Barros / Silveira Júnior)
10. Mossoró (Abdias Filho / Antônio Barros)
11. Vontade de xaxá (José Batista / Flora Mattos)
12. Boi de touca (Jaime Florence “Meira” / Orlando Silveira / M. Lima)

Para baixar esse disco, clique aqui.

Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.

CD – Flávio José – Sem ferrolho e sem tramela

flavio-josa-1997-sem-ferrolho-e-sem-tramela-capa

Esse é um dos meus discos preferidos do Flávio José, que sem sombra de dúvida é um dos artistas forrozeiros que mais agrada a todo o tipo de ouvinte, desde o mais assíduo, até o mais casual.

flavio-josa-1997-sem-ferrolho-e-sem-tramela-berao

Participação especial de Fagner na faixa “Cartilha pra Seu Luiz” de autoria de Pinto do Acordeon.

flavio-josa-1997-sem-ferrolho-e-sem-tramela-verso

Produção do próprio Flávio José, que fez os arranjos e gravou as sanfonas ao lado de Genário, zabumba de Quartinha e destaque para quatro xotes muito bons: a faixa título “Sem ferrolho e sem tramela” de Juarez Santiago; “Espumas ao vento” de Accioly Neto; “Saudade da boa” de Accioly Neto; e “Amor sem preconceito” de Tio Joca e Zito, ambos do Trio Sabiá.

Flávio José – Sem ferrolho e sem tramela
1997 – LBC

01. Sem ferrolho e sem tramela (Juarez Santiago)
02. Espumas ao vento (Accioly Neto)
03. O berço da minha paz (Antônio Barros / Cecéu)
04. Cartilha pra Seu Luiz (Pinto do Acordeon)
05. Diálogo (Ilmar Cavalcanti)
06. Saudade da boa (Accioly Neto)
07. Engenho velho (Pinto do Acordeon)
08. Vou rifar meu coração (Jorge de Altinho)
09. Fomos feitos um pro outro (Raimunda Andrelina)
10. Herói do meu sertão (Aracilio Araújo)
11. Amor sem preconceito (Tio Joca / Zito)
12. Menino chorão (Dorgival Dantas)
13. Cheiro de terra molhada (Maciel Melo)
14. Forró em cacimba de cima (Flávio José) Instrumental

Para baixar esse disco, clique aqui.

Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.

post image

Compacto – Joci Batista – Novamente

compacto-joci-batista-novamente-capa

Colaboração do DJ Rogérinho, de São Paulo – SP. Mais um precioso compacto, dessa vez, do Joci Batista, acompanhado pelo Conjunto Maraca.

compacto-joci-batista-novamente-selo-acompacto-joci-batista-novamente-selo-b

Esse selo ‘Maraca’ é bastante raro, nosso amigo Corró teve a oportunidade de perguntar ao próprio Joci qual foi o ano de lançamento, e ele respondeu que foi no ano de 1961.

compacto-joci-batista-novamente-verso

Direção musical de Zé Cupido, do lado A, um arrasta-pé ou marcha, “Festa da fogueira”; e no lado B um rojão, “Minha morena me deixou”, ambas as composições do próprio Joci Batista.

Compacto – Joci Batista – Novamente
1961 – Maraca

01 Festa da fogueira (Joci Batista) Marcha
02 Minha morena me deixou (Joci Batista) Rojão

Para baixar esse disco, clique aqui.

Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.

Coronel Ludugero – Ludugero e seu jumento

ludugero-1968-ludugero-e-seu-jumento-frente

Colaboração do Antonio Marcelino Gomes. Em seguida, alguns textos garimpados na rede para complementar a publicação.

ludugero-1968-ludugero-e-seu-jumento-lado-aludugero-1968-ludugero-e-seu-jumento-lado-b

“Nessa mesma época, foi criado, com incentivo de Hilton Marques e de alguns amigos, o personagem Coronel Ludugero, interpretado por Luiz Jacinto, que logo de início, o interpretava sozinho. Pouco tempo depois, com a atriz Rosa Maria, nasceu a primeira companheira do Coronel, chamada de Dona Rosinha.

No mesmo ano, a atriz, Mercedes Del Prado dava a vida a personagem Dona Felomena (esposa do Coronel) que, junto ao ator Irandir Peres Costa (Otrópe), formaram um trio humorístico, de simplicidade típica de nordestinos pacatos e puros, inundados de irreverência. Uma trupe que fazia rir um país inteiro.

Pouca gente sabe que o Ludugero existiu mesmo…não como um “coroné” típico daquela época, mas, sim um amigo muito engraçado, que morava em Caruaru que se chamava Ludugero e o inspirou tal personagem.

A Rádio Cultura de Caruaru (PE) foi uma das maiores responsáveis pela divulgação dos sucessos do Coronel Ludugero e toda sua turma, levando em suas ¨ondas¨ toda a alegria de seus ¨causos¨.” (Fonte)

ludugero-1968-ludugero-e-seu-jumento-verso

“Retratava com bom humor a figura lendária dos coronéis, muitos dos quais pertenciam à Guarda Nacional e gozavam de grande prestígio junto a população. Era um homem simples de poucas palavras, amante da verdade e sincero. Gabava-se de si próprio.

Contador de histórias fantásticas, era casado com dona Filomena. Bom aboiador, bom cantador de viola e poeta. Mantinha um secretário (Otrópe) que o orientava nos negócios e nas questões políticas. Ludugero se sentia feliz em contar histórias, dando expansão ao seu gênio brincalhão, quando não estava em crises de impaciência e nervosismo.” (Fonte)

Coronel Ludugero – Ludugero e seu jumento
1968 – CBS

01. TV Carcará (Texto de Luiz Queiroga)
02. A carta da Véia Filomena (Texto de Luiz Queiroga)
03. A flor do Ananás (Luiz Queiroga)
04. O rabo do jumento (Dilson Dória – Elino Julião)
05. Lá vem o dia (Onildo Almeida)
06. Você cai (Luiz Jacinto)
07. Horário do jumento (Texto de Luiz Queiroga)
08. Não vai ser de cassuá (Osvaldo Oliveira – Luiz Jacinto)
09. Mulher basta uma (Luiz Queiroga)
10. Abc do amor (Jacinto Silva – Juarez Santiago)

Para baixar esse disco, clique aqui.

Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.

CD – Erivaldo de Carira – Ao vivo – No forró do Gonzagão

erivaldo-de-carira-2008-ao-vivo-capa

Colaboração da Gorete. Esse é o décimo segundo álbum lançado pelo Erivaldo de Carira, sendo o sexto em formato CD.

erivaldo-de-carira-2008-ao-vivo-verso

Erivaldo Cícero de Oliveira, nascido em 16/10/1949, em Carira – SE. Começou a tocar aos 10 anos acompanhando seu pai. Com o passar do tempo, em homenagem a sua terra natal, ganhou o seu nome artístico, ‘Erivaldo de Carira’.

Filho de ‘Manézinho do Carira’, conhecido tocador de oito baixos, deu início a essa bonita tradição de pai para filho, hoje Erivaldo de Carira tem três filhos que dão continuidade à sua vida artística.

Erivaldinho (sanfoneiro), que acompanhou o Mestre Zinho durante um bom tempo e agora se dedica ao trabalho próprio junto ao Trio ‘Forróbodó’, Mestrinho do Acordeon (sanfoneiro) e Thaís Nogueira (cantora), que juntos com o primo ‘Escurinho’ formam o ‘Trio Juriti’, sem dúvida um dos melhores trios ‘jovens’ na atualidade.

Erivaldo de Carira – Ao vivo – No forró do Gonzagão
2008

01 – Forró e rabo de saia (Durval Vieira – Erivaldo de Carira)
02 – Meu forró (Dorgival Dantas)
03 – Vou te matar de cheiro (Luiz Gonzaga – João Silva)
04 – Fogo sem fuzil (Luiz Gonzaga – Zé Dantas)
05 – Aproveita gente (Onildo Almeida)
06 – Depois da derradeira (Dominguinhos – Fausto Nilo)
07 – Tei tei no arraiá (Onildo Almeida)
08 – O maior tocador (Luiz Guimarães)
09 – São João na roça (Luiz Gonzaga – Zé Dantas)
10 – Olha pro céu (Luiz Gonzaga – José Fernandes)
11 – Daquele jeito (Luiz Ramalho – Luiz Gonzaga)
12 – Facilita (Luiz Ramalho)
13 – A sorte é cega (Luiz Guimarães)
14 – Sorriso cativante (Anastácia – Dominguinhos)
15 – Cigarro de palha (Armando Cavalcanti – Klécius Caldas)
16 – Pense n’eu (Gonzaga Jr.)
17 – Sabiá (Luiz Gonzaga – Zé Dantas)
18 – Numa sala de reboco (Luiz Gonzaga – Zé Marcolino)
19 – Tem pouca diferença (Durval Vieira)
20 – Xote das meninas (Luiz Gonzaga – Zé Dantas)
21 – Imbalança (Luiz Gonzaga – Zé Dantas)
22 – Baião da garoa (Luiz Gonzaga – Hervé Cordovil)
23 – Sangue de nordestino (Luiz Guimarães)
24 – Fazenda velha (Erivaldo de Carira – José Ernesto)
25 – Sanfona sentida (Dominguinhos)
26 – Homenagem a seu Manézinho (Mestrinho do Acordeon)

Para baixar esse disco, clique aqui.

Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.

Gonzagão no ‘out door’

caruaru-sao-joao-2005-luiz-gonzaga1

Coletânea – Os 14 sucessos do Nordeste

sucessos-do-ne_frente

Colaboração do Lourenço Molla, de João Pessoa – PB.

Participam dessa coletânea os seguintes artistas: Castanheiro, Dominguinhos, Genival Lacerda, Messias Holanda, Oswaldinho do acordeon, Sanfoneiro Guidô, Zé Paraíba, Zenilton e Zito Borborema.

sucessos-do-ne_verso

Creio que todas as músicas foram publicadas nos álbuns originais de cada um dos artistas, que belo time esse, não?

Coletânea – Os 14 sucessos do Nordeste
1976 – CBS

01. Na pedra do queijo (Fortunato Guimarães – Messias Holanda) Messias Holanda
02. Meu nordeste (Amadeu Macedo – Garcia Santos) Zito Borborema
03. Você ainda é criancinha (José Carlos – Castanheiro) Castanheiro
04. Forró em Petrolina (Anastácia – Dominguinhos) Dominguinhos
05. Cocada preta (Sanfoneiro Guidô) Sanfoneiro Guidô
06. Forró alagoano (Pedro Sertanejo) Zé Paraíba
07. Adeus Marina (Luiz Moreno – Jacinto José) Messias Holanda
08. A História do peixe Tuninha (Adapt. Genival Lacerda) Genival Lacerda
09. Ninguém quer o que ela quer (Durval Vieira – Zé Nilton) Zenilton
10. Meu amor cadê você (Francisco Guedes – Petrucio Silva) Castanheiro
11. Fim de noite (Oswaldinho – Josino Teodoro) Oswaldinho
12. Saudades de Recife (Adão Ferreira) Zito Borborema
13. O piston desafinado (Joca de Castro – Zé Nilton) Zenilton
14. Longa convivência (Joca de Castro – Genival Lacerda) Genival Lacerda

Para baixar esse disco, clique aqui.

Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.

A sanfona de oito baixos na música instrumental brasileira

a-sanfona-de-oito-baixos1

Estava navegando na rede e achei esse texto de um frequentador do blog, da época em que ainda não tínhamos sido expulsos pelo blogspot.

Sendo assim segue uns trechinhos, para os interessados, vale a pena ler o texto na íntegra.

Valeu Léo, belo trabalho!

A sanfona de oito baixos na música instrumental brasileira
Por Leonardo Rugero Peres (Leo Rugero)

“A sanfona brasileira

A sanfona de 8 baixos, desde que desembarcou no Brasil, passou por grandes transformações, adquirindo ao longo do tempo, características próprias de afinação e técnicas peculiares de interpretação. Desenvolve-se em um repertório tipicamente brasileiro, ganhando estilos e recursos novos, sobretudo na região sul, que lhe acolheu; nas regiões sudeste e centro-oeste, por onde se espalhou, e no nordeste, onde adquiriu características peculiares de afinação e interpretação.

Assim como no Sul, o pequeno acordeon de 8 baixos, que nesta região atende pelo nome de Sanfona de 8 baixos ou fole de 8 baixos, (embora outras denominações possam ocorrer), também surge de forma freqüente na literatura oral, sobretudo em letras de música, e será um dos instrumentos mais característicos da música nordestina tradicional.”

“A sanfona nordestina apresenta um estilo que lhe é peculiar, do qual poderíamos apontar algumas características.

A mão direita tem um papel preponderante na execução de melodias ágeis, lembrando, por vezes, a técnica de instrumentos de sopro, e se distinguindo em muito do estilo sulista, onde as mãos direita e esquerda formam um todo intrínseco. Dificilmente os baixos da mão esquerda são menos utilizados como acompanhamento marcado, ao contrário do estilo sulista, onde o baixo marcado da mão esquerda é quase imprescindível.

O uso do fole é mais contido, contrastando com o estilo sulista, onde os sons são tocados, de modo geral, com o fole mais aberto.

Também podemos notar o uso de harmonias e melodias intrincadas devido à particularidade da afinação transportada, que veremos mais adiante.”

“A sanfona de 8 baixos em disco

Com o seu grande sucesso, entre o final dos anos 40 e início dos anos 50, Luiz Gonzaga pôde abrir caminho para muitos músicos nordestinos de talento. Entre eles, os sanfoneiros de 8 baixos, modalidade que sempre incentivou. A começar por sua própria formação musical estar associada ao instrumento, sendo seu pai, Januário, seu irmão mais velho, Severino Januário, e sua irmã caçula, Chiquinha Gonzaga, ilustres representantes da arte do fole de 8 baixos.” (Fonte)

1 2 3 4 8