Aniversário do Memorial Luiz Gonzaga

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Recebemos essa dica do Jairo Melo, de Vicência – PE.

Esse será o primeiro aniversário do Memorial Luiz Gonzaga, em Recife – PE. As festividades começam no dia 02 de agosto e vão até o final do mês.

Local:
Memorial Luiz Gonzaga
Pátio de São Pedro, casa 35
São José – Recife – PE

Durante o mês de agosto de 2009, o horário de visitação ao ‘Memorial’ será extendido, serão exibidos filmes e especiais de televisão nos quais o rei participou, além de oficinas lúdicas e de Instrumentos musicais

Show com vários artistas, entre eles, Chiquinha Gonzaga, Joana Angélica e Genival Lacerda.

(Para maiores informações)

Abaixo um texto de José Mário Austregésilo, recebido juntamente com as informações acima.

O ABOIO DE UM POVO

Quando Luiz Gonzaga canta, cantam os pássaros, os bois, as cabras, os rios, as cachoeiras e toda a natureza nordestina é um coro só. O canto gonzaguiano é a sonoplastia de um parto sertanejo e nordestino; é o ranger das cancelas, o coaxar dos sapos, o galopar dos cavalos nos lajedos; o canto sonoro de um “côco” que mergulha no fundo de um pote em busca da água para matar a sede e a saudade: “tichibundo !”

Quando Gonzaga conta, porque ele se dizia mais contador do que cantador, despertam as personagens do imaginário nordestino: vaqueiro, romeiros, padres, valentes e covardes; um canto que desperta uma imensa nação de cangaceiros, volantes, cantadores, emboladores, cegos de feiras, sanfoneiros e rezadeiras que nos livram do mal e nos protegem dos inimigos, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Quando O Rei do Baião conta e canta desenha-se o cotidiano criador de uma cultura, uma das mais importes matrizes, raiz e copa, dessa imensa árvore (sempre na mídia da mira da serra elétrica!) que é a musica popular brasileira.

Quando Lua canta, canta a natureza nordestina; falam os sapos, late fino o cachorro do pobre, late grosso o cachorro do rico e o jumento, nosso irmão, dá as horas, mostra sua inteligência e, por ter carregado Nosso Senhor Jesus Cristo nas costas, pode desafiar o Rei do Baião: Seu Luiz, comi seu milho, e como, e como e como…”.

O canto de Gonzaga está onde o povo está; canto dos sanfoneiros de todos os baixos, forrós de pé de serra e de cidade grande; um canto ouvido e dançado pelos corpos que imprensam suor nos sambas do Sertão. Quando uma sanfona, um triângulo e uma zabumba, encontram-se, tocados por quem quer que seja, venha de onde vier, chegue de onde chegar, pode-se ter a certeza de que o Rei está presente, em carne, osso e espírito do nosso povo.

As vozes incorporadas pelo Mestre Lua são aquelas da seca, da luta, um canto precursor do protesto contra a injustiça e a desigualdade social, mas é também um canto de louvor às chuvas caindo, os rios correndo e as cachoeiras zoando; são aboios de um povo, vestido de chapéu de couro e gibão, sanfona colada no peito e olhar encontrado no sol em brasa, se pondo no horizonte das certezas que fazem e refazem, todo dia, o Sertão nordestino.

José Mário Austregésilo

Clemilda – Coitadinha da Tonheta

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Colaboração do sergipano Everaldo Santana. Mais um disco da ‘Rainha do Forró’, com arranjos e regência do Oswaldinho do Acordeon.

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“Dona de uma das vozes mais conhecidas e respeitadas do forró, Clemilda iniciou sua carreira no Rio de Janeiro, nos anos 60, cantando em rádios cariocas. Foi no estúdio da Rádio Mayrink Veiga que Clemilda conheceu o sanfoneiro Gerson Filho, com quem passou 28 anos casada. Juntos gravaram três faixas para o disco ‘É pra valer’, lançado em 1964. O álbum foi o estopim para a sua carreira como cantora, considerada até hoje como a rainha do forró.

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Clemilda também é muito conhecida por ter lançado várias músicas de duplo sentido. Em 1985 estourou nas paradas de sucesso com a música ‘Prenda o Tadeu’ e ganhou seu primeiro disco de Ouro. Em 1987 gravou o LP ‘Forró Cheiroso’, mais conhecido como ‘Talco no Salão’, e vendeu novamente mais de cem mil cópias. Atualmente Clemilda comanda o programa Forró no Asfalto, na Aperipê TV e na Aperipê AM 630, e continua sendo presença garantida nas principais festas juninas do Nordeste.” (Fonte)

Clemilda – Coitadinha da Tonheta
1990 – Chantecler

01. Coitadinha da Tonheta (Durval Vieira / Clemilda)
02. Não tem mutreta (Durval Vieira / Clemilda)
03. É mais embaixo (Durval Vieira)
04. Funga no cangote dele (Durval Vieira)
05. Lambada da raposa (Miraldo Aragão)
06. Amor com lambada (Michel Martan / Clemilda)
07. Ele furou minhas botas (Durval Vieira / Clemilda)
08. Ela é um xuxu (Durval Vieira / Clemilda)
09. O computador (Jorge Geo / Antônio 2000)
10. Gosto diferente (Célio Antônio / Chico Doido / Valadares)
11. Um passeio com meu bem (João Caetano / Clemilda)
12. Ele diz que é valente (Durval Vieira)

Para baixar esse disco, clique aqui.

Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.