A sanfona de oito baixos na música instrumental brasileira

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Estava navegando na rede e achei esse texto de um frequentador do blog, da época em que ainda não tínhamos sido expulsos pelo blogspot.

Sendo assim segue uns trechinhos, para os interessados, vale a pena ler o texto na íntegra.

Valeu Léo, belo trabalho!

A sanfona de oito baixos na música instrumental brasileira
Por Leonardo Rugero Peres (Leo Rugero)

“A sanfona brasileira

A sanfona de 8 baixos, desde que desembarcou no Brasil, passou por grandes transformações, adquirindo ao longo do tempo, características próprias de afinação e técnicas peculiares de interpretação. Desenvolve-se em um repertório tipicamente brasileiro, ganhando estilos e recursos novos, sobretudo na região sul, que lhe acolheu; nas regiões sudeste e centro-oeste, por onde se espalhou, e no nordeste, onde adquiriu características peculiares de afinação e interpretação.

Assim como no Sul, o pequeno acordeon de 8 baixos, que nesta região atende pelo nome de Sanfona de 8 baixos ou fole de 8 baixos, (embora outras denominações possam ocorrer), também surge de forma freqüente na literatura oral, sobretudo em letras de música, e será um dos instrumentos mais característicos da música nordestina tradicional.”

“A sanfona nordestina apresenta um estilo que lhe é peculiar, do qual poderíamos apontar algumas características.

A mão direita tem um papel preponderante na execução de melodias ágeis, lembrando, por vezes, a técnica de instrumentos de sopro, e se distinguindo em muito do estilo sulista, onde as mãos direita e esquerda formam um todo intrínseco. Dificilmente os baixos da mão esquerda são menos utilizados como acompanhamento marcado, ao contrário do estilo sulista, onde o baixo marcado da mão esquerda é quase imprescindível.

O uso do fole é mais contido, contrastando com o estilo sulista, onde os sons são tocados, de modo geral, com o fole mais aberto.

Também podemos notar o uso de harmonias e melodias intrincadas devido à particularidade da afinação transportada, que veremos mais adiante.”

“A sanfona de 8 baixos em disco

Com o seu grande sucesso, entre o final dos anos 40 e início dos anos 50, Luiz Gonzaga pôde abrir caminho para muitos músicos nordestinos de talento. Entre eles, os sanfoneiros de 8 baixos, modalidade que sempre incentivou. A começar por sua própria formação musical estar associada ao instrumento, sendo seu pai, Januário, seu irmão mais velho, Severino Januário, e sua irmã caçula, Chiquinha Gonzaga, ilustres representantes da arte do fole de 8 baixos.” (Fonte)

Bandinha de pífano – Zabumba Caruaru

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Colaboração do José de Sousa, de Guarabira – PB.

Esse é o primeiro disco da Banda de pífanos de Caruaru.

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“Criada pelo trabalhador rural e zabumbeiro Manoel Biano, em 1924, na região de Mata Grande (em Alagoas), a Banda de Pífanos nasceu para perpetuar a tradição da Zabumba Cabaçal, cultivada ao longo de décadas pela família Biano. Ao lado de Manoel estavam seus dois filhos: Benedito (pai de João) e Sebastião, hoje o único remanescente da formação original.

Assim, participava das festas da região, ao mesmo tempo em que repassava seus conhecimentos aos filhos, Sebastião e Benedito. Prosseguiram entre Alagoas e Pernambuco até chegarem, em 1939, à Capital do Forró e dos Pífanos: Caruaru.

Passados 16 anos, Manoel Biano, deixou a incumbência aos filhos, Sebastião e Benedito, de darem continuidade à tradição da banda que ia além, era de geração a geração. Eles então atenderam ao pedido e com seus filhos formaram a Banda de Pífanos de Caruaru, em 1955.

Em 1972, a banda viria a gravar o primeiro LP, ‘Banda de Pífano Zabumba Caruaru’. Foi então que rumaram para São Paulo, onde participaram de documentários, espetáculos e de discos de outros artistas.

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Em Julho de 2005, ganhou o Prêmio TIM de Música, na categoria regional.

A banda continua e ao longo dos tempos, viria a gravar mais seis discos e com eles ser reconhecida no cenário musical nacional e internacional…” (Trechos extraídos do Overmundo)

Bandinha de pífano – Zabumba Caruaru
1972 – CBS

01. Briga do cachorro com a onça (Sebastião Biano)
02. Cantigas de Lampião (Onildo Almeida)
03. O boi (Sebastião Biano)
04. Feira de Caruaru (Onildo Almeida)
05. Dobradinho (Sebastião Biano)
06. Bloco das flores (Onildo Almeida)
07. Esquenta mulher (Sebastião Biano)
08. Caruaru caruará (Sebastião Biano / Lidio Cavalcanti)
09. Segura o passo Zé (Sebastião Biano)
10. É tudo Caruaru (Janduhy Finizola)
11. Pipoquinha (Sebastião Biano)
12. Celina (Onildo Almeida)

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João Gonçalves – Mulher faixa preta

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Esse é um disco já do início da década de 1990, com arranjos mais pra frente, recebendo influências dos ritmos estrangeiros.

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Participação especial de Mano, na faixa “Orgulho da Paraíba” de João Gonçalves e Cerny Furtado.

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Produção artística de Roberto Moraes, gravado em Campina Grande – PB, arranjos e regência de Nivaldo Pessoa.

João Gonçalves – Mulher faixa preta
1991 – Musicolor

01 Adoro minha sogra (João Gonçalves – Marcelo Lancelloti)
02 Mulher faixa preta (J. Batista Filho – João Gonçalves)
03 Burrinho nadador (João Gonçalves)
04 De munheca inchada (João Gonçalves)
05 Tá faltando macho (João Gonçalves)
06 Mulher só gosta de cabra ruim (João Gonçalves – Roberto Moraes)
07 Temperatura máxima (João Gonçalves – Nivaldo Pessoa)
08 Pedido a Frei Damião (João Gonçalves)
09 Orgulho da Paraíba (João Gonçalves – Cerny Furtado)
10 Turma do Jaelson (João Gonçalves – João Dantas)

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