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Cap09.10 – Agogô – Livro – O que é o Forró? (2022)

Idiofone metálico com duas campânulas; original da África central ocidental, identificado em várias línguas pelo termo raiz “ngongui”; no Brasil este termo raiz bantu também foi aportuguesado para ‘Gonguê’ (idiofone com apenas uma campânula metálica)

Parte do livro: O que é o Forró? Um pequeno apanhado da história do Forró./ Ivan Dias e Sandrinho Dupan. 2022 ISBN978-65-997133-0-9
Projeto contemplado pela 2a Edição do Fomento ao Forró, da “Secretaria Municipal de Cultura” da cidade de São Paulo.

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Cap09.11 – Melê – Livro – O que é o Forró? (2022)

A sonoridade dos 3 tambores ritualísticos africanos foi adaptada para o Melê, tambor (membranofone) artesanal rudimentar que era feito de diferentes materiais, como couro ou, a depender da época, borracha de câmaras de ar de pneus, esticados por aro e cordas ou pregados em uma estrutura circular feita de bambu ou madeira, como troncos ocos de árvores grandes, como o Tamboril e a Macaíba.

Há relatos de Melês de diferentes tamanhos. Alguns grandes e outros similares a uma conga atual, um pequeno barril. O tocador tocava sentado, segurava-o entre os joelhos e usava uma baqueta simples de madeira para bater e marcar o ritmo da música, com a outra mão marcava os contratempos na lateral do instrumento batendo com uma pedrinha ou pedaço de metal.

Aos poucos o Melê, foi sendo substituído, como instrumento de base rítmica pelo Zabumba, hoje responsável pelo pulsar cadenciado da música.

Parte do livro: O que é o Forró? Um pequeno apanhado da história do Forró./ Ivan Dias e Sandrinho Dupan. 2022 ISBN978-65-997133-0-9
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Cap09.12 – Zabumba – Livro – O que é o Forró? (2022)

O Zabumba tem sua origem no Davul, que é um instrumento turco.

Na época da colonização do Brasil, já era usado em toda Europa, que passara séculos sob domínio árabe.
Em Portugal é o instrumento percussivo base para a Chula Portuguesa.

Desde os primeiros anos da colonização, as bandas militares estavam sempre presentes, foi por meio delas que o Zabumba chegou ao Brasil e foi absorvido pelas bandas de Pífano.

É um bimembranofone, ou seja, um tambor com duas membranas (peles), sintéticas ou de couro animal, uma em cima e outra embaixo, cada uma responsável por uma afinação diferente. Na parte de cima é usada a Macepa (ou Maceta), tipo de baqueta responsável pelos sons graves e médios, que podem ser abertos, fechados ou condutores de efeitos entre aro e borda da pele; na pele de baixo é usado o Bacalhau ou Vareta, baqueta mais fina, responsável pelos sons agudos. A afinação é feita através das tarraxas presas aos aros que tensionam as membranas.

Parte do livro: O que é o Forró? Um pequeno apanhado da história do Forró./ Ivan Dias e Sandrinho Dupan. 2022 ISBN978-65-997133-0-9
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Cap09.13 – Triângulo – Livro – O que é o Forró? (2022)

O Triângulo é um instrumento metálico (idiofone), responsável pela condução rítmica da música, através dos seus sons agudos. Existem inúmeros registros de seu uso mundo afora, porém isso se dá apenas como instrumento de efeitos sonoros e não como condutor do ritmo, como no caso dos subgêneros do Forró.

Parte do livro: O que é o Forró? Um pequeno apanhado da história do Forró./ Ivan Dias e Sandrinho Dupan. 2022 ISBN978-65-997133-0-9
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Cap09.14 – Conjunto Regional – Livro – O que é o Forró? (2022)

Os instrumentos usados nas gravações da década de 1940, como Tuba, Flauta, Clarinete, Violão de 7 cordas, Banjo, Cavaquinho, entre outros, passam a compor os Conjuntos Regionais que acompanhavam os solistas nas gravações dos discos de 78 RPM e apresentações ao vivo nas emissoras de rádio.

Parte do livro: O que é o Forró? Um pequeno apanhado da história do Forró./ Ivan Dias e Sandrinho Dupan. 2022 ISBN978-65-997133-0-9
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Cap09.15 – Baixo, Guitarra e Bateria – Livro – O que é o Forró? (2022)

O Contrabaixo, Guitarra e Bateria aparecem nas gravações do Forró a partir da década de 1970, mais precisamente em 1974, no LP “É Proibido Cochilar”, d’Os 3 do Nordeste, lançado pela gravadora CBS, sob direção artística de Abdias, um dos mais habilidosos e produtivos tocadores de “8 Baixos”.

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Cap10 – Revoluções Tecnológicas – Livro – O que é o Forró? (2022)

Hoje, a música é digital. Antes era analógica e aos poucos vem se modernizando. No finalzinho do século 19 e início do século 20 surgiram as primeiras gravações. As rádios começaram suas atividades na década de 1920 e tiveram seu ápice durante as décadas de 1940 e 1950, junto com o Baião, revolucionaram a música brasileira e a indústria cultural que a cerca.

Nessa época, eram produzidos discos de 78 RPM em goma laca, um material frágil e quebradiço. Os exemplares inteiros que ainda existem são raridades.
Em seguida a tecnologia evoluiu e o material plástico vinil passa a ser utilizado. Durante décadas foram produzidos discos com diferentes polímeros, de melhor e pior qualidade, gravados em 33 e 45 rotações.

Na década de 1990 surge a tecnologia digital e o CD passou a dominar o mercado. Houve o declínio e encerramento de produção da maior parte dos discos de vinil pela indústria mundial, o vinil caiu em desuso, mas nunca deixou de ser produzido e consumido. Os últimos LPs de Forró foram gravados e lançados em 1997.

Com a revolução digital o Forró perdeu muito, pois as grandes gravadoras não se interessaram em relançar o repertório fonográfico do Forró e nem fomentar novas bandas.

Durante duas décadas, boa parte do público forrozeiro passou a armazenar música em seus próprios computadores, HDs e Pen Drives, em formatos compactados, de MP3 a FLAC. Comprando downloads, compartilhando ou copiando dos discos, próprios e dos amigos, uma forma eficiente, mas trabalhosa de colecionar.

Os serviços de streaming vieram para organizar e deixar sempre disponível para o ouvinte o que cada pessoa mais gosta, desde que tenha conexão boa com a internet (Digital Virtual).

Essa migração de grande parte do público consumidor para as plataformas de streaming, foi mais um duro golpe para o Forró, que mais uma vez corre atrás do prejuízo para ter suas músicas publicadas e disponíveis. Sem depender de gravadoras, hoje, os artistas têm conseguido lançar suas músicas e produções diretamente na rede.

Mesmo com todas as facilidades da tecnologia digital, as mídias físicas continuam sendo objeto de desejo para os fãs e colecionadores. Na última década, a venda de discos físicos voltou a superar a venda de downloads.

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Cap11 – As expressões de duplo sentido nas músicas do Forró – Livro – O que é o Forró? (2022)

As expressões de duplo sentido ocorrem em diversos gêneros da música brasileira, versos, poesias, prosas, sátiras e nos ditos populares, tornando os brasileiros especialmente ‘bem-humorados’, fazendo piadas, enigmas, metáforas e trocadilhos.

Tudo que uma criança pode ouvir e entender sem precisar de explicações, e ao mesmo tempo, fugir da obviedade usando uma certa magia, um gracejo, a arte de colocar onde não cabe, tirar de onde não tem.

No Forró, especialmente, essas expressões são muito comuns. Durante o período colonial, da interação dos escravizados africanos com os captores europeus, surgiu o embrião que deu origem às expressões de duplo sentido.

Na África, os bantus não tinham escrita, toda a sua cultura era oral. Passando de pai para filho, de mestre para aprendiz, com jogos de palavras e reuniões orais onde o conhecimento era compartilhado e cultivado. Fato que fez com que eles tivessem grande facilidade e domínio sobre as palavras e construção de frases.

Já no Brasil, os escravizados cativos só podiam falar português, e assim passaram a manipular as palavras e construir as frases de forma ambígua, de forma a poderem se comunicar abertamente, durante suas cantorias, sobre assuntos ‘proibidos’, fazer chacota dos senhores ou combinarem fugas e rebeliões.

Os portugueses, dominavam muito bem a escrita e a leitura, mas interpretavam as frases e palavras ‘ao pé da letra’ e com isso não entendiam os trocadilhos falados pelos escravizados. A partir daí esses enigmas, expressões divertidas e jocosas, trocadilhos e afins, passaram a fazer parte das composições musicais brasileiras.

O Forró continua evoluindo até hoje e tem diferentes formas de brincar com as palavras e seus significados, apenas pelo desejo de manter a insinuação ou pelo simples fato de driblar a censura. As letras podem ser inteligentes e de bom gosto ou também podem ser mais diretas e pouco elegantes.

Enquanto o explícito soa vulgar e escrachado, a insinuação é provocadora e sofisticada. Estimula o pensamento e a análise do sentido da frase, permitindo que o ouvinte colabore com o significado, preenchendo as lacunas deixadas para a compreensão do conteúdo implícito.

Hoje podemos dividir as letras de duplo sentido em várias categorias, que visam promover o humor através da ambiguidade, com engenhosos e irreverentes efeitos de significado.

Essas expressões abrem possibilidades para cada um interpretar cada música de uma forma diferente. São parte da nossa cultura e dão uma ‘chacoalhada’ no cérebro para que fiquemos mais alertas para as palavras e seus significados.

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Cap12 – Ramificações do Forró – Livro – O que é o Forró? (2022)

São quatro os ramos básicos do Forró, considerados critérios cronológicos e temáticos.

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Cap13 – Forró Tradicional (década de 1940) – Livro – O que é o Forró? (2022)

O Forró Tradicional, é hoje também conhecido como Forró Pé de Serra ou Forró de Trio, em alusão a sua formação mais comum: Sanfona, Zabumba e Triângulo.

Em 1997, a Sony Music havia comprado a CBS e, naquele contexto de reorganizar o acervo, resolveu lançar uma coletânea com o melhor do Forró que havia em seus arquivos. Uma coletânea de Forró Tradicional com 20 músicas, de vários artistas e diferentes anos de gravação, batizou-a com um nome despretensioso: “Forró Pé de Serra”. Indicando que se tratava daquele Forró antigo tocado nas fazendas, lá nos pés de serra… Naquele momento, a perspectiva comercial era renovar e impulsionar as vendas com o “novo” Forró, usando o nome que já estava fortemente arraigado no subconsciente coletivo, batizando a nova tendência com o nome antigo.

Não é a primeira vez na história que uma tendência adotava uma nova denominação apenas para se preservar. Com o aparecimento dessa nova vertente, que também se auto intitulava Forró, a partir dessa ocasião, a mídia passou a classificar o Forró Tradicional como Forró Pé de Serra.

Surgiu no nordeste brasileiro no século 18, nas periferias das capitais e no interior dos estados da Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Vale ressaltar que era tocado originalmente por outros instrumentos, como Pífanos, Rabecas e Violas, além de variadas percussões, mas foi lapidado durante os séculos até chegar a esse formato de trio.
Foi levado para o Rio de Janeiro por Luiz Gonzaga. Lançado na rádio e em gravações, no início da década de 1940, espalhou-se o Forró para todo o Brasil através de discos, rádios e shows.

A temática mais comum das letras fala sobre a natureza, a seca que assolou o nordeste brasileiro na época e ao êxodo dos retirantes para o sudeste. Com o passar das décadas outras características se multiplicaram, abrindo mais espaço para composições de duplo sentido e temas engraçados. A temática sobre amores e desamores aos poucos passa a ser a mais gravada.

Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga foram os dois maiores ícones da música nordestina, com características muito distintas. Jackson era mais urbano, um verdadeiro cronista do seu cotidiano, um artista que “propôs” misturar “Miami com Copacabana”. Já Gonzagão era mais ortodoxo e naturalmente ruralista na forma de se vestir, durante a maior parte da sua carreira, as suas temáticas eram voltadas para o campo.

A década de 1940 foi importantíssima para o Forró, pois já no final dos anos 1950, passaria a dividir, com outros ritmos e tendências, o espaço conquistado no imaginário nacional.

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