Negrão dos 8 Baixos – Só dou castigo

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Completando os 3 discos que peguei emprestado com o Magrão, aqui vai o terceiro, Negrão dos oito baixos. Vamos ver se ele tem mais alguma raridade pra disponibilizar pra gente. Eu sempre confundo os discos do Negrão, pois as capas são muito parecidas, realmente só dá pra diferenciar mesmo pelas contra-capas.

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A seleção de repertório mistura músicas cantadas, de duplo sentido, dentro dos vários ritmos que compõem o forró, com músicas instrumentais, soladas por esse exímio especialista no fole de oito baixos, o instrumento mais famoso e importante do sertão, o pé-de-bode.

Direção artística de Luiz Mocarzel, supervisão de produção de Roberto Ramos e arranjos de Oswaldinho. Destaque para o xote “Vivendo e aprendendo” de Alcymar Monteiro e Zé Orlando e para o instrumental “Forró em Lamarão”.

Negrão dos 8 Baixos – Só dou castigo
1982 – Copacabana

1. Só Dou Castigo (A. Ramos / André Araújo)
2. Forró Desenfadado (André Araújo)
3. Time dos Coroas (João Caetano / Roderi / Ki)
4. Forró Em Irecê (André Araújo / Zé Peduro)
5. Forró Em Lamarão (André Araújo)
6. Estou Querendo (A. José / Cavalcanti)
7. Balão Saudoso (André Araújo / J. Cardoso)
8.

  • O Fole Elétrico (André Araújo / Arcênio de Araújo)
  • Três da Tarde (Lido)

9. Vivendo e Aprendendo (A. Monteiro / Zé Orlando)
10. São João Colorido (Roderiki / N. Terranova / André Araújo)
11. Chamego das Morenas (Baú dos 8 Baixos / André Araújo)
12. Tributo a Januário (A. da Bahia / Alfredinho)

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Trio Virgulino – Beijo moreno

Texto e áudio enviados pelo DJ Rick de SP, as capas são do DJ Vini, de BH.

O “Trio Vigulino” originalmente chamado “Trio Virgolino” foi criado em 1980, por três músicos de Parnamirim, uma cidade pequena de Pernambuco. Integra esse trio Enok Virgulino, voz e acordeon; Roberto Pinheiro, voz e zabumba e Adelmo Nascimento, voz e triângulo.

O Trio Virgulino com “u”, e não com “o”, como seria a grafia correta, por se tratar, enfim, de homenagem ao “rei dos cangaceiros” Virgolino Ferreira da Silva, lançou seu primeiro disco em 1986 (pelo selo Sabiá, da extinta gravadora Copacabana) e esse é o álbum apresentado hoje. Esse LP nomeado Beijo Moreno (faixa-título assinada por João Libório), se transformou em CD 20 anos depois, com duas músicas a mais: “Dança da Nova Era” e “Vítima”.

Um dos grupos que impulsionou o movimento Forró Universitário no sudeste do Brasil é com certeza o trio da música popular brasileira em atividade, que mais viaja ao exterior (Espanha, França, Portugal, Inglaterra, Estados Unidos) divulgando a música regional do nordeste.

Nesse ano o Trio Virgulino foi indicado ao prêmio TIM 2008 na categoria música regional.

Trio Virgulino – Beijo moreno
1986 – Sabiá

01. Assim ficou bom demais (Bosco Carvalho – Roberto Agra)
02. Vou embora para o sertão (Enok Virgolino)
03. Sanfoneiro do forró (Bosco Carvalho – Roberto Agra)
04. Feira de pequi (Bosco Carvalho – Roberto Agra – Geraldo Dantas)
05. Carimbô em Parnamirim (Enok Virgolino)
06. Flor de girassol (Enok Virgolino – Jurandir Pavan)
07. Meu corta jaca (Roberto agra – Francisco Agra)
08. Beijo moreno (João Libório)
09. Asas que voltam (Ataide Gouveia – Enok Virgolino)
10. Segundo a profecia (“Barragem do chapéu”) (Bosco Carvalho – Geraldo Dantas)

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O silêncio da Sanfona: Sivuca e sua Obra

Recebemos um texto do Cacai Nunes, músico, produtor artístico e cultural, pesquisador e fomentador do forró, residente em Brasília -DF. (Caricatura feita e publicada por Léo Martins, no seu blog, aliás, muito bom também)

A quem pertence a obra de um artista depois de sua morte?
Ao público que o consagrou ou aos herdeiros que deixou?

“O trabalho de resgate, os pesquisadores lembram, é fundamental, já que a memória de Sivuca está fragmentada. ‘Meu pai não teve a preocupação de ficar juntando nada. Só queria tocar. Tem disco que não se encontra em lugar algum do mundo. Se você não reedita, o que acontece? O artista morre de novo’, aponta Flávia, que, embora entristecida, ainda acredita no diálogo para resolver o imbróglio. ‘Isso não combina em nada com o jeito de ser do meu pai.’”(Trecho retirado do meio do texto)

Ele achou esse polêmico texto que fala sobre a disputa sobre os direitos autorais da obra do Sivuca, entre sua filha e sua esposa. Falando assim, parace um assunto besta, mas se olharmos mais de cima, veremos que é um problema que pode afetar qualquer artista, ou qualquer obra.

A matéria completa foi publicada no Jornal O Estado de São Paulo em 12/05/08 e pode ser lida no site do Ministério da Cultura ou no blog Acervo Origens, do nosso amigo Cacai Nunes.