Search results for Marinês

Texto – Você realmente sabe o que é o Forró?


Lá estava eu navegando pela rede, quando encontrei esse texto do Zé da Flauta:

“Há quem queira acreditar que a palavra forró vem do inglês “for all” (para todos). Tudo bem, quem quiser acreditar que acredite, mas pra mim isso é conversa pra boi dormir.”

“Há quem queira acreditar que a palavra forró vem do inglês “for all” (para todos). Tudo bem, quem quiser acreditar que acredite, mas pra mim isso é conversa pra boi dormir. Só falta dizer que foram os ingleses que inventaram o forró.

Quando eles chegaram ao Brasil, com a Great Western, para construir estradas de ferro, no início do século XVIII, o forrobodó já existia, assim como o pagode, o samba e o arrasta-pé – que eram expressões para designar as festas populares movidas à música, dança e aguardente. O forrobodó, por ser uma palavra nascida no Nordeste, foi que deu origem à palavra forró. O primeiro registro data de 1733, num jornal chamado O Mefistófolis (o satanás), no número 15: “Parabéns ao Dr. Artur pelo grande forró realizado em sua casa…” .

A construção das estradas de ferro no Nordeste deu origem, também, a algumas palavras do nosso vocabulário como baitola, que vem de bitola; sulipa (“dei uma sulipa nele”), vem de sliper (dormente) e algumas outras que não me recordo agora.

O forró também não é um gênero de música, como muitos acham. Se observarmos um disco de forró, por exemplo, vamos encontrar vários gêneros musicais como côco, xote, xaxado, marchinhas, baião etc. Forró é o coletivo da musicalidade popular do nordestino, a junção da música que vem da sanfona, da zabumba e do triângulo, originalmente, com a cachaça e a dança. Se você diz: “vai ter forró lá em casa”, todo mundo vai ficar sabendo que a festa vai ser legal.

Vários artistas fizeram e fazem sucesso cantando e tocando essa música alegre e contagiante: Luís Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Almira Castilho, Marinês e sua Gente, Trio Nordestino, Jacinto Silva, Toinho de Alagoas, Biliu de Campina, Edmílson do Pífano, Dominguinhos, Cascabulho, Elba Ramalho etc. E vão surgir muitos outros, pois o forró é uma música verdadeira, que fica.

Entra moda, sai moda e o forró tá lá (não confundir com o forró brega que vem do Ceará como Mastruz com Leite, Cavalo de Pau e outras do gênero – que só tem o mérito de empregar vários músicos, bailarinos e técnicos num show de puro entretenimento).

Pra mim, o forró mais gostoso de se ouvir é o pé-de-serra instrumental; cada vez mais raro, pois nos lugares aonde chegava para fazer shows Luiz Gonzaga era muito procurado por sanfoneiros os quais, pra mostrar serviço, tocavam Tico-Tico no Fubá, Brasileirinho e outras similares, cheias de notas e de difícil execução. Seu Luiz olhava pra eles e dizia: “Sanfoneiro que não canta, não ganha dinheiro nem mulher”. Essa postura influenciou muitos músicos bons. Dominguinhos é um exemplo. Pra mim isso é errado, pois esses instrumentistas tocam bem, mas cantam mal.

Por outro lado, há aqueles que ainda dão mais ênfase ao forró instrumental quando gravam um disco. É o caso do grande sanfoneiro Duda da Passira. É comum nos discos de Duda encontrar apenas uma música cantada (normalmente, a última); todas as outras são instrumentais. Quando produzi o disco de Edmílson do Pífano, tive o cuidado de não o deixar cantar. Minha intenção era mostrar ao público a sua verdadeira arte: o dom de tocar aquele canudinho de bambu.

Grande parte da sociedade ainda não assimilou o forró. Acham que é música de pobre, de gentinha, que sanfona é instrumento de cego e coisas assim. Porém, não sabem o que estão perdendo. O forró é a dança mais sensual que já vi em minha vida. Aquele bate-coxa enlouquece qualquer um; a música é alegre, ritmada e contagiante.”

* Zé da Flauta é músico, produtor e coordenador musical da Fundação de Cultura Cidade do Recife (Fonte)

Texto – O que é o forró?

Estava navegando pela rede e achei um Blog onde o Silvério Pessoa escreveu uma coluna falando do forró. Segue o texto na íntegra, quem quiser dar uma olhada no blog de onde o extraímos, clique aqui.

O que é o forró?

Forró não é dança, nem música, é tudo isso e mais um bocado de coisas. É um gênero que aglutina várias faces de um modo particular de viver e ver o mundo em uma determinada região do Brasil, o Nordeste. Quem começou tudo isso foi Luiz Gonzaga, pedindo permissão para o Pai Januário, grande tocador de 8 baixos em Exú, Sertão de Pernambuco. Como resultado de um conjunto de fatores tais como o clima do Sertão, Agreste e Zona da mata, o Nordestino se veste variando entre a xita, o xadrez, a calça comprida e camisas de malhas longas para se projeter do sol e do frio, da umidade e das palhas da cana de açúcar, o couro que proteje dos espinhos e das mordidas de cobra, o chapéu que oferece dignidade ao matuto. Indumentária é Forró. Uma cozinha que tem no milho sua base, nos grãos de arroz, feijão, na carne de bode e nos sucos de cada região pelo tempo das frutas. Culinária, gastronomia, é forró. Levada de baião, xote, pé-de-serra, marchinha junina, côcos, boi rural, xaxado (dança dos cabra de lampião), viola de 10 e 12 cordas e improvisos geniais dos repentistas, fazem parte do gênero forró. Não é uma coisa só. São várias, e diferentes! Nesse contexto de riqueza de detalhes de comportamento e filosofia de vida, uma literatura específica é também parte do forró, a literatura de cordel e os vários livros lançados com a vida e obra de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Pinto do monteiro, Zé Limeira, emendados com os clássicos de João Cabral de Melo Neto e Gilberto Freyre. Forró é filosofia de vida. Filosofia.
.
Dominguinhos (grande homenageado este ano em vários festivais e eventos no ciclo de junho), Luiz Gonzaga, Jacinto Silva, Marinês e sua gente,Ary Lobo, Genival Lacerda, Jackson do Pandeiro (meu eterno mestre), Trio Nordestino, Camarão, Abdias, Zito Borborema, Zé Dantas, Humberto Teixeira, Targino Gondim, Valdir Santos, Azulão, Ivan Bulhões e quem estiver nesse momento tocando e cantando um cotidiano e passado/presente de um grupo específico. Forró.Sem segredos, é um componente da vasta música popular brasileira, tão atual como o jazz, pop, blues, e versátil para o diálogo com a música eletrônica e o que se denomina de música moderna. Forró é simplicidade, é poeira.

CD – Xangai – Cantoria de festa

xangai-cantoria-de-festa-capa

Cantoria de Festa é o 12º álbum da carreira do Xangai, que é considerado o mais virtuoso dos cantadores de sua geração. O disco reúne diversos ritmos do interior e do nordeste, entre eles, forró, rastapé, xote, ligeira, baião, côco, galope e rojão.

Sua seleção de repertório visa homenagear algumas figuras carimbadas da nossa música regional, como Jackson do pandeiro, Déo do Baião, Jacinto Silva e Marinês, entre outros.Produzido por Mario de Aratanha e Xangai, direção musical e arranjos de João Omar e Xangai, Bandolim de Armandinho e sanfonas de Osvaldinho do acordeon.

Destaque para a música de abertura, “Nóis é jeca mais é jóia” de Juraildes da Luz, faixa que quase foi o título do disco, “Não é brincadeira” de Maciel Melo e para o pot-pourri “Buchada com Aruá – Pisa Manero” de Jacinto Silva e de Juvenal Lopes e Dilson Dória, respectivamente.

Xangai – Cantoria de Festa
1997 – Kuarup Discos

01 Nóis é Jeca mais é Joia (Juraildes da Cruz)
02 Vou de Tutano (Jackson do Pandeiro – José Cavalcante de Albuquerque)
03

  • Serra da Borborema (Agripino Aroeira)
  • Balanço da Sereia (Deo do Baião)
  • Quem casou, casou ! (Elias José Alves)

04 Não é Brincadeira (Maciel Melo)
05 Galope à Beira Mar Soletrado (Xangai – Ivanildo Villa Nova)
06 Meu Cariri (Rosil Cavalcanti – Dilu Melo)
07 Rei do Sertão (José Edison Dias)
08 Função (Elomar)
09 Clariô (Elomar)
10 Florzinha (Juraildes da Cruz – Braguinha Barroso)
11

  • Buchada com Aruá (Jacinto Silva)
  • Pisa Maneiro (Juvenal Lopes – Dilson Dória)

12 Qué qui tu tem Canário? (Xangai – Capinam)
13 Catingueira (Onildo Almeida – José Maria Assis)
14 Ai que Saudade de São João (Hélio Contreiras)

Para baixar esse disco, clique aqui.

Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.

Textos – Para encerrar o papo sobre a fuleiragem music

Nessa postagem, quero passar para todos, os links para dois textos interessantes. (A imagem abaixo, não tem nada a ver com o contexto, é só pra ilustrar, foi extraída do site do artista plástico Jaílson Server.)

O primeiro foi escrito por Zé Teles, na sua coluna semanal no JC online, uma “continuação” da matéria sobre as bandas de forró:

“Antes de mais nada, não estou fazendo campanha contra o chamado forró eletrônico, ou estilizado. Uso a tribuna virtual para expressar minha incredulidade de cidadão com o nível das apresentações da maioria destes grupos. Alguns deles exibem hoje, abertamente, para todo tipo de faixa etária, espetáculos que até outro dia se viam em locais fechados, que não permitiam a presença de menor de idade.

Ao contrário do que me escreveu um leitor, não considero que esta música exista porque o povo gosta. O povo foi ensinado a gostar desta música. Como gostava nos anos 60 e 70 de Chico Buarque (que vendeu 600 mil cópias do seu LP de 1978), ou dos Beatles. O popularesco entrou em moda na era Collor, que, bem- nascido, não gostava obviamente de Leandro & Leonardo, mas dava a entender que sim, pra agradar ao eleitorado, puro populismo. Com a massificação da monocultura sonora no rádio brasileiro, a população, mal informada, passou a gostar de qualquer gênero que entrasse na moda. Foi assim com os sertanejos, depois com a axé music, depois com o pagode, e agora com as bandas.

Quando atribui à axé music a existência da fuleiragem music, não quis dizer que a axé era ruim ou boa. Aliás, no início até que havia originalidade no axé, de onde saiu uma das mais interessantes ritmos híbridos da MPB, o samba-reggae, ou o batuque afro do Olodum. Aquele disco O canto da cidade, de Daniela Mercury é muito bom. O que a axé inspirou em todos os subgêneros popularescos (o brega, o pagode, e até o sertanejo) foi a estética de palco, o gestual do bate palminha, tira o pezinho do chão, mexe a bundinha etc etc. No entanto, por mais que forçasse a barra e continuar criando bobagens pra animar o rebanho do abadá, a axé music manteve-se dentro de certos limites. Já a grosseria nestes chamados forrós é própria deles.

Começou como uma brincadeira, uma brincadeira que acabou sendo o padrão em todas as bandas. Foi mais ou menos isto que aconteceu nos anos 70, com o forró (o de verdade), e o duplo sentido. No começou era “Passei a noite procurando tu”, “Ele tá de olho na butique dela”, “Que diabo você tinha?”, aí entrou Zenilton de sola com Tabaco, o gostoso da novela, Quiabo cru, Lasca de minhoca, e por aí vai. Porém os forrozeiros conheciam limites, e a piada foi perdendo a graça.

E os mais apelativos feito Sandro Becker saíram de linha. Com as bandas não. O tripé rapariga, cachaça, e gaia vem sendo repetido de tal forma, e há tanto tempo, que acabou entrando na linguagem do pessoal que curte tal tipo de música, na qual mulher sempre é gaieira ou pra ser consumida e cuspida em seguida. Cachaça é pra beber até cair, e carro não é apenas meio de transporte, mas lotação pra encher de rapariga. Moderação somente no bom-gosto.

A música? Sob qualquer critério, é muito ruim. Repete-se uma fórmula, com naipe de metais sem a menor criatividade. Os vocais são sempre muito monótonos. Os cantores formularam um tipo de interpretação apropriada para a grosseria do que cantam. As cantoras tentam emular Ivete Sangalo, cuja música também não é lá uma brastemp, mas pelo menos a baiana tem classe, ou pelo menos estilo.

A fuleiragem é música comercial no pior sentido do termo. Tudo bem que seja. Afinal, talento é pra quem tem, não pra quem quer ter. Agora, chamar aquilo de forró é um desrespeito à memória de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Abdias, Marinês, Jacinto Silva, Marinalva, Zito Borborema, Cobrinha, Lindú e Coroné (do Trio Nordestino), e tantos outros. E uma prova de que estas bandas só trazem forró no nome tá na revista Sucesso, de janeiro do ano passado.

Nela se anunciava o surgimento de mais uma banda a Dinamite do Forró, cujo estilo assim foi definido por Marquinhos Maraial, produtor do grupo: “A Dinamite do Forró traz uma mistura de forró, vanerão, axé, calipso e arrocha”. E aí onde se lê “forró” leia-se “lambada estilizada”. Nada contra a mistura de ritmos, ou a lambada, até porque, teve uma época em que Marinês, ou Abdias gravaram discos inteiros de carimbó. Mas não disfarçavam chamando aquilo de forró. Era carimbó mesmo, e do bom.”

E o segundo texto, foi enviado pelo Douglas Magalhães, da rádio Atalaia de Aracajú – SE, ele trata do fórum de debates que homenageou o nosso querido Dominguinhos. Foi a sétima edição do Fórum do forró e teve cerca de 1500 participantes.

‘Nos dias 3 e 4, o evento foi transmitido pelo portal especial criado pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). A novidade permitiu a participação nos debates de internautas do interior do Estado de Sergipe, como São Cristóvão e Itabaiana, e mesmo de outros Estados, como Pernambuco, São Paulo e Ceará.

A programação de hoje também estará disponível na rede. Esta iniciativa contou com o apoio do Governo de Sergipe e da Aperipê TV. As pessoas que perderam a oportunidade de prestigiar o evento, terão a chance de conferi-lo durante a programação especial da Aperipê TV, no dia 29, às 21h30, quando será apresentado um compacto do que foi discutido nos três dias de fórum.

A diretora presidente da Aperipê, Indira Amaral, conta que será uma grande responsabilidade transmitir em apenas uma hora um evento tão rico. “Pela importância do Fórum para a cultura nacional, e principalmente para o Nordeste, é uma obrigação da Aperipê exibir o conteúdo. Por ser uma a representante da TV Brasil, devemos dar visibilidade a temas não veiculados pelas empresas comerciais”, acrescenta.

Para Indira, o Fórum do Forró é indispensável na manutenção da matriz cultural do Nordeste. “O evento reflete a cultura e faz com que a tradição não se acabe. Ele se caracteriza como resistência e renovação”, ressalta, reforçando que é de suma importância que todas as administrações mantenham o compromisso com a execução deste tipo de evento.

Continuidade

O prefeito Edvaldo Nogueira sancionou a Lei 3.559, de 26 de maio de 2008, instituindo permanentemente o evento no calendário junino da cidade. “Quem não conhece as suas raízes e quem não conhece a sua aldeia não pode pensar em dar vôos maiores. Um povo que não nutre, trabalha, discute e nem preserva sua cultura tem um futuro muito tênue como povo, como gente e como nação”, destacou.

Edvaldo reafirma seu compromisso de seguir contribuindo para a valorização e a preservação da cultura de sergipana. “O fórum foi justamente criado para que pudéssemos embasar teoricamente os debates, contribuir para a formação do público, disseminar o forró e estudar os grandes artistas que fazem desse gênero tão rico e universal. Por isso, resolvemos instituir esse evento na agenda cultural de Aracaju e do Estado de Sergipe”, argumentou.’

José Cândido – O menino de Puxinanã

livro-josa-candido-capia

Recebi ontem um e-mail do amigo e jornalista José Teles, do JC online de Recife – PE, com a notícia de que na madrugada de 25/02/2008, no hospital São Lucas em Aracaju – SE aconteceu o falecimento do compositor José Cândido, que tornou-se conhecido pela autoria da música “Carcará”, hoje com mais de 40 regravações.

José Cândido da Silva, nascido em 11/03/1927, no Sítio Puxinanã, Município de Santana do Ipanema -AL. Saiu de Puxinanã em 1945, foi para Aracaju de onde mudou-se para o Rio de Janeiro – RJ, em 1950. Em 1989 retornou a Santana do Ipanema e em 1992 mudou-se para Aracaju, onde fixou residência de forma definitiva.

“Carcará”é uma das músicas mais fortes da MPB. Em 1964, foi o marco inicial da carreira de Maria Bethânia, que estourou nacionalmente com este baião em 1965. Carcará é assinada pelo maranhense (de Pedreiras) João do Vale e o alagoano José Cândido. No entanto, quem ficou conhecido por ela foi únicamente João do Vale.

“Carcará” não é a única composição assinada pela dupla, Morena do grotão e Pé do lagêro (Onde a onça mora), também são fruto dessa “parceria”. José Cândido garante que nunca pegou carona no talento de João do Vale. Ele tem mais de 80 músicas gravadas, a maioria sem parceiros. Teve suas composições gravadas por Aldair Soares, Marinês, Nara Leão, Chico Buarque, Zé Gonzaga, Trio Mossoró e Luiz Wanderley, entre outros.

Escreveu uma biografia intitulada “O menino de Puxinanã”. Forma que encontrou de deixar sua história à posteridade, já que não existe nenhum verbete dele nas enciclopédias de música brasileira. (Resumo do texto de José Teles, teles@jc.com.br, publicado no JC Online em 29/06/2007)

Forrókimbó – Explosão

capa-frente

Tai mais um daqueles artistas dos quais não conseguimos localizar informação nenhuma, se alguém, eventualmente, por algum acaso, souber alguma coisa sobre eles, por favor, fale aqui pra gente.

selo-aselo-b

Coordenação artística e direção de estúdio de Zé do Rancho, gravado e mixado nos estúdios da RCA em São Paulo.

capa-verso

Destaco nesse LP as faixas “Por entre sons de viola” de Belizario e Diferraz e a faixa que dá nome ao LP “Explosão”, um belo xote gravado originalmente por Marinês no LP “Balaiando” de 1977.

Forrókimbó – Explosão
1978 – RCA

# 01. Carimbó no areião (Wanderley martins)
# 02. Puxa esse fole menino (Lira)
# 03. Açucena cheirosa (Romulo Paes – Celso Garcia)
# 04. Êta dor enjoada (Everaldo Ferraz – Neusinha – Edinho Maia)
# 05. Explosão (Tarcisio Capistrano)
# 06. Maria Chiquinha (Everaldo Ferraz – Neusinha)
# 07. Calix bento (Adapt: Tavinho Moura)
# 08. Dengo (Cezar – Tony Damito)
# 09. Aruanda (Kim de Oly – Dinha)
# 10. Vem cá donzela (Manoel nenzinho – Niceas Drumont)
# 11. Não adianta chorar (Everaldo Ferraz – Piquerobi)
# 12. Por entre sons de viola (Belizario – Diferraz)

Para baixar esse disco, clique aqui.

Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.

Jair Alves e Manoel Serafim – Cantiga do povo

jairalves_manoelserafim-cantiga-do-povo-frente

Essa é mais uma preciosidade enviada pelo nosso colaborador mineiro, o DJ Vinícius de Belo Horizonte.

Do Jair Alves não consegui levantar nenhuma informação.

Paraibano de Boqueirão, Manoel Serafim de Souza Filho nasceu em 1936. Cantor, compositor e ritmista, foi ao Rio de Janeiro em 1967, onde viveu por 21 anos atuando no ‘Forró Forrado’ de Anísio Silva. A convite do célebre Jackson do Pandeiro, tocou no Hotel Nacional durante dois anos. Gravou com Marinês, Abdias e Zé Calixto, como ritmista.

jairalves_manoelserafim-cantiga-do-povo-verso

Lançou nove LPs pela antiga e extinta gravadora ‘Tape K’ e também na ‘CBS’, além de cinco CDs independentes.Tocou também com Luiz Gonzaga. Seu último disco recebeu o título de ‘Coletânea para sempre’. Manoel tinha um programa ‘O Forró do Serafim’, aos sábados, das 16h às 18h, na Rádio Tabajara AM, com divulgação dos grandes trunfos da música nordestina.

Direção de produção de Oséas Lopes, Assistente de produção Bastinho Calixto, no lado A, destaque para o forró “Louco vagabundo” de Bastinho Calixto e Gilson Souto e, no lado B, para o samba “Não adianta chorar” de Geraldo Gomes e Reivan.

Jair Alves e Manoel Serafim – Cantiga do povo
1979 – Tapecar

Lado A
Intéprete: Jair Alves

* 01. Velha calçada (Glorinha – Estenio Bezerra)
* 02. Ana Benta (Glorinha – Albuquerque – Cicero Batista)
* 03. Incorrigível (Glorinha – Sergio Pretim)
* 04. Chega pra cá (Bartô Galeno – Coronel Pereira)
* 05. Louco vagabundo (Bastinho Calixto – Gilson Souto)
* 06. Saudade matadeira (Dominguinhos – Anastácia)

Lado B
Intéprete: Manoel Serafim

* 07. Cantiga do povo (Zelita – Bastinho Calixto)
* 08. Carimbó na Ribeira (Manoel Serafim – Julio César)
* 09. É lamentavel o teu erro (Severino Ramos – Manoel Serafim)
* 10. Baile na minha palhoça (Bastinho Calixto – Zé Calixto)
* 11. Transformação (João Gonçalves – Manoel Serafim)
* 12. Não adianta chorar (Geraldo Gomes – Reivan)

Para baixar esse disco, clique aqui.

Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.

Marquinhos – Filho de peixe, peixinho é

marquinhos-frente

Mais um excelente disco de Marcos Farias, o Marquinhos, nesse álbum conseguiu a proeza de reunir ótimas composições, de grandes autores da época, como Dominguinhos, Lindolfo Barbosa, Camarão, Cecéu e Chiquinho.

marquinhos-verso

Participações especiais de sua mãe Marinês na faixa “Gírias do norte”, de autoria de Jacinto Silva e Onildo Almeida, e de seu pai Abdias na faixa “Eu e meu pai”, composta por Genário.

Arranjos do próprio Marquinhos, sob supervisão de produção de Abdias, destaque para “Forró no sertão” de Assisão e para “Forró em Mandasaia” de Camarão.

Marquinhos – Filho de peixe, peixinho é
1982 – Copacabana

* 01. Forró black (Marquinhos – Genário)
* 02. Forró no sertão (Assisão)
* 03. Forrózinho desaforado (Dominguinhos – Guadalupe)
* 04. Como antigamente (Lindolfo Barbosa)
* 05. Na penumbra (Genário – Marqiunhos)
* 06. Forró em mandasaia (Camarão)
* 07. Girias do norte (Jacinto Silva – Onildo Almeida)
* 08. Começo de amor (Cecéu)
* 09. Estrela azul (Chiquinho)
* 10. Mais uma desilusão (Genário – Dorinha)
* 11. Eu e meu pai (Genário)
* 12. Cheio de armação (Marquinhos)

Para baixar esse disco, clique aqui.

Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.

Venâncio e Corumba – Pagodeando no côco

capafrente7

Tá ai uma dupla de sucesso e de grande desconhecimento por parte dos apreciadores da boa música brasileira.

Marcos Cavalcanti de Albuquerque, o Venâncio é de Recife, PE e nasceu em 07/10/1909, Manoel José do Espírito Santo, o Corumba também é da mesma cidade e nasceu em 11/6/1914.

Venâncio iniciou a carreira artística cantando cocos nas festas de São João, Santana e São Pedro. Um dia foi convidado para substituir um ator numa apresentação teatral e acabou gostando tanto que foi fazer curso de teatro no Círculo Operário. Tornou-se diretor teatral do grupo de teatro do próprio círculo. Em 1928, conheceu Manoel José, o Corumba, formando uma das mais longas parcerias da música nordestina.

capaverso7

Começaram a se apresentar na Rádio Clube de Pernambuco, onde permaneceram durante 11 anos, apresentando programas musicais e humorísticos. No princípio da década de 1940 resolveram mudar para o Rio de Janeiro para dar prosseguimento à carreira artística. Trabalharam nas rádios Tupi e Tamoio. (texto retirado do site Dicionário Cravo Albim da Música Popular Brasileira)

Compositores, cantores, radialistas e produtores tiveram suas músicas interpretadas por praticamente todos os maiores nomes da nossa música nordestina, entre eles estão: Jackson do Pandeiro, Marinês, Ary Lobo, Zito Borborema, Anastácia, Luis Wanderley, Sebastião do Rojão, Trio Nordestino entre diversos outros.

Nesse LP lançado em 1969 a dupla canta sucessos seus e músicas também de outros compositores. Destaco dessa dupla a bela adaptação “Boi da Cajarana” também gravada por Luis Vanderley e “O navio de Valença” de Antônio Valença.

Venâncio e Corumba – Pagodeando no côco
Premier – 1969

01. Mandaú quebrando pedra (Guriatã de Coqueiro – J. Haidar)
02. O navio de valença (Antônio Valença)
03. Minha Bahia (Venâncio – Corumba)
04. Sulandá (Motivo Popular do Norte – Adaptação: Venâncio – Corumba)
05. Côco rimado em Caruaru (Guriatã de Coqueiro – Vanderley Giacomini)
06. O côco sou eu (Venâncio – Corumba)
07. O boi da cajarana (Motivo Popular – Adaptação: Venâncio – Corumba)
08. Quando chego numa sala (Motivo Popular – Adaptação: Venâncio – Corumba)
09. É ou não é (Venâncio – Corumba)
10. Côco do B (José Luiz)
11. Côco do Ceará (Guriatã de Coqueiro – Reginaldo Santos)
12. Nossa saudação (Luiz de França – Venâncio – Corumba)

Para baixar esse disco, clique aqui.

Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.

CD – João do Vale – João Batista do Vale

cd-joao-do-vale

Esse CD foi idealizado por Chico Buarque e ganhou o premio Sharp de melhor disco de música regional, em 1994, ano de seu lançamento.

“Foi o quinto de oito irmãos, dos quais apenas três sobreviveram à infância pobre. Os pais eram agricultores pobres e sem terra. Por volta dos seis anos de idade foi apelidado de “Pé de xote”, pois vivia pulando e dançando.”(Trecho extraído do Dicionário Cravo Albin de MPB)

O trabalho reúne diversos artistas, como Alcione, Alceu Valença, Chico Buarque, Ednardo, Edu Lobo, Fagner, Geraldo Azevedo, Ivon Cury, João Bosco, Luiz Vieira, Maria Bethânia, Marinês, Miucha, Paulinho da viola, Quinteto violado e Zé Ramalho.

Cada música tem um time diferente de instrumentistas e arranjadores, a maioria dos arranjos foi feito por Sivuca, Zé Américo e Marquinhos, destaque para “Pisa na fulô”, “De terezina a São Luiz”, “Forró do beliscão”, “Na asa do vento”, “Peba na pimenta” e “”Matuto transviado”.

João do Vale – João Batista do Vale
1994 – RCA

01 Minha história (Raimundo Evangelista – João do Vale)
02 Pisa na fulô (Silveira Jr. – Ernesto Pires – João do Vale)
03 De Terezina a São Luiz (Helena Gonzaga – João do Vale)
04 Carcará (José Cândido – João do Vale)
05 Pipira (José Batista – João do Vale)
06 O canto da ema (Alventino Cavalcanti – Ayres Vianna – João do Vale)
07 Forró do beliscão (Ary Monteiro – João do Vale)
08 A voz do povo (Luiz Vieira – João do Vale)
09 Estrela miúda (Luiz Vieira – João do Vale)
10 Na asa do vento (Luiz Vieira – João do Vale)
11 As morenas do grotão (José Cândido – João do Vale)
12 Peba na pimenta (Adelino Rivera – José Batista – João do Vale)
13 Uricuri (José Cândido – João do Vale)
14 Matuto transviado (Luiz Wanderley – João do Vale)
15 Maria Filó (Luiz Vieira – João do Vale)
16 O bom filho à casa torna (Eraldo Monteiro – João do Vale)

Para baixar esse disco, clique aqui

Se estiver com dificuldade para baixar e descompactar os arquivos, tire suas dúvidas em nosso manual “passo a passo”, clique aqui.

1 20 21 22 23 24