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CD – O Grande Encontro – O Grande Encontro

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Colaboração do Arlindo.

É o primeiro dos 3 CDs do projeto “O Grande Encontro”.

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A partir deste ainda viriam a ser lançados os volumes 02 e 03, tão grande foi o sucesso do lançamento.

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Deste projeto participaram Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho e Elba Ramalho.

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Uma composição de Luiz Gonzaga abre o disco, em seguida uma seleção dos maiores sucessos do forró-mpb, um disco muito bom.

O Grande Encontro – O Grande Encontro
1996 – BMG

01. Sabiá (Luiz Gonzaga / Zé Dantas) Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho e Zé Ramalho
02. Coração bobo (Alceu Valença) Alceu Valença e Zé Ramalho
03. Jacarepaguá blues (Zé Ramalho) Alceu Valença
04. Pelas ruas que andei (Alceu Valença / Vicente Barreto) Alceu Valença
05. Talismã (Alceu Valença / Geraldo Azevedo) Geraldo Azevedo e Alceu Valença
06. O ciúme (Caetano Veloso) Geraldo Azevedo
07. Dia branco (Geraldo Azevedo / Renato Rocha) Elba Ramalho
08. O amanhã é distante (Bob Dylan / Vrs. Geraldo Azevedo / Vrs. Babaum) Zé Ramalho e Geraldo Azevedo
09. Admirável gado novo (Zé Ramalho) Zé Ramalho
10. Trem das sete (Raul Seixas) Zé Ramalho
11. Chão de giz (Zé Ramalho) Elba Ramalho e Zé Ramalho
12. Veja (Margarida) (Vital Farias) Elba Ramalho
13. A prosa impúrpura do Caicó (Chico César) Elba Ramalho
14. Tesoura do desejo (Alceu Valença) Alceu Valença e Elba Ramalho
15. Chorando e cantando (Geraldo Azevedo / Fausto Nilo) Elba Ramalho e Geraldo Azevedo
16.
Banho de cheiro (Carlos Fernando) Elba Ramalho
Frevo mulher (Zé Ramalho) Zé Ramalho

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Dominguinhos – Simplicidade

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Colaboração do Lourenço Molla, de João Pessoa -PB.

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Participação especial de Gonzaguinha, na faixa que abre o disco, em “Seja como flor” de Dominguinhos e Gonzaguinha.

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Destaque para os xotes “Briga à toa” de João Silva e Guadalupe, e para “Riso cristalino” de Dominguinhos e Climério, e para o baião “Saudade imprudente” de José Marcolino.

Dominguinhos – Simplicidade
1982 – RCA

01. Seja como flor (Dominguinhos / Gonzaguinha)
02. Estrelas somos nós (Dominguinhos / Alceu Valença)
03. Depois da derradeira (Dominguinhos / Fausto Nilo)
04. Caso descarado (Dominguinhos / Clodô)
05. Pé de boi (Dominguinhos / Guadalupe)
06. Briga à toa (João Silva / Guadalupe)
07. Riso cristalino (Dominguinhos / Climério)
08. Gotas de prata (Dominguinhos / Guadalupe)
09. Para boi dormir (Dominguinhos / Clodô)
10. Voz do vento (Dominguinhos / Clésio)
11. Guadá e Liv no forró (Dominguinhos / Guadalupe)
12. Saudade imprudente (José Marcolino)
13. Forró em Ribeirão (Dominguinhos / Guadalupe)

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Marinês – O nordeste e seu ritmo

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Colaboração do Cleiton de Abreu. Esse é o segundo LP, lançado pela RCA, da ‘rainha do xaxado’, título que lhe foi dado pelo rei do baião.

“Pernambucana de São Vicente Ferrer (zona da mata norte) e contemporânea de Luiz Gonzaga, Sivuca e Jackson do Pandeiro, Marinês foi a maior referência feminina no forró e precursora de intérpretes importantes da música regional como Elba Ramalho, Amelinha, Cristina Amaral, Nádia Maia, entre muitas outras.

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Talvez o fato de ser mulher, o que no nordeste de 50 anos atrás fazia grande diferença, ou de não ter a comunicação fácil que tinha o “Rei do Baião” que sempre mostrou ser excelente “marqueteiro”, tenham impedido Marinês de ter tido a projeção nacional e internacional que teve Luiz Gonzaga. Na música e no carisma pra cantar e agradar ao público, foram iguais.

Costumo dizer que Marinês era a versão feminina de “Seu Luiz”. No início dos anos 50 do século findo, chegou a acompanhar Luiz Gonzaga em shows com sua banda “Patrulha de Choque do Rei do Baião” formada com o marido sanfoneiro Abdias e o zabumbeiro Cacau, abrindo as apresentações de Gonzaga.

Em 1956 formou o grupo “Marinês e sua gente” com o qual fez longa carreira e gravou inúmeros trabalhos individuais e em parceria com artistas contemporâneos seus e mais jovens como Jorge de Altinho, Fagner e Alceu Valença.” (Fonte)

Destaque para “Gírias do norte” de Jacinto Silva e Onildo Almeida.

Marinês – O nordeste e seu ritmo
1961 – RCA Victor

01. Gírias do norte (Jacinto Silva / Onildo Almeida)
02. Vamos refungá (José Batista / Flora Mattos)
03. Meu sacrifício (Antônio Barros / Silveira Júnior)
04. Dona fortuna (Jota Reis / Airton Amorim / Zé da Zilda)
05. Cadê o peba (Zé Dantas)
06. Vamos faxiar (Antônio Barros / Silveira Júnior)
07. Marinheiro (Tradicional / Adpt. Onildo Almeida)
08. Felicidade de sertanejo (Onildo Almeida)
09. Decepção (Antônio Barros / Silveira Júnior)
10. Mossoró (Abdias Filho / Antônio Barros)
11. Vontade de xaxá (José Batista / Flora Mattos)
12. Boi de touca (Jaime Florence “Meira” / Orlando Silveira / M. Lima)

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CD – Elba Ramalho – Baioque

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Um belíssimo álbum gravado pela Elba em 1997, época em que o forró autêntico ressurgia, no sudeste do Brasil, na esteira de um ‘novo’ ritmo, o forró universitário.

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Nessa ocasião, os artistas já consagrados voltaram a gravar forrós e a fomentar a tendência que voltava de um precoce ostracismo forjado pela mídia e pela influências músicais externas.

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Produção de Robertinho do Recife, o disco passeia por vários ritmos da MPB, destaque para o pout pourri de xotes “Quando chega o verão” de Dominguinhos e Abel Silva, “Até mais vê” de Pedrinho e Primo e “Pequenininha” de autoria do Assisão.

Elba Ramalho – Baioque
1997 – BMG

01. Baioque (Chico Buarque)
02. Pavão Mysteriozo (Ednardo)
03. S. O. S. (Raul Seixas)
04. Paralelas (Belchior)
05. Vila Do Sossego (Zé Ramalho)
06. Vamos Fugir (Gilberto Gil / Liminha)
07. Zanzibar (Armandinho Macedo / Fausto Nilo)
08. Os Argonautas (Caetano Veloso)
09. Relampiano (Lenine / Moska)
10. ”Xotes”:
Quando Chega o Verão (Dominguinhos / Abel Silva)
Até Mais Vê (Pedrinho / Primo)
Pequenininha (Assisão)
11. A Música Do Nosso Amor (Saul Barbosa / Jorge Portugal)
12. Ciranda Da Rosa Vermelha (Alceu Valença) Adapt. Folclore
13. Tambor do Mundo (Geraldo Azevedo / Fausto Nilo)
14. ”Frevos”:
Eu Também Quero Beijar (Pepeu Gomes / Moraes Moreira / Fausto Nilo)
Chão Da Praça (Moraes Moreira / Fausto Nilo)
Gemedeira (Robertinho de Recife / Capinan)

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CD – Trio Manuê – Pra não ficar na mão

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O Trio Manuê surgiu em 16 de junho de 2007. Obteve o 2º lugar no Festival de Itaúnas de 2007,com a música “Deixe de arrelia”.

Formado por Zezito Pereira, Cebola e Valdo, lança seu 1º CD “Pra não ficar na mão”. Um time de feras participou dessa gravação, composições novas e muito boas, com várias participações especiais.

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“Todos os membros do grupo têm experiências no mundo musical desde a infância. Zezito, por exemplo aprendeu a gostar de forró aos 6 anos e aos 11 foi convidado para acompanhar os shows de Genival Lacerda. Durante a carreira, também já tocou ao lado de Raimundo Sodré, Fagner, Moraes Moreira, Elba Ramalho, Alceu Valença, Zé Ramalho, Amelinha, Mestre Zinho e os dois últimos shows do Jackson do Pandeiro.

Cebola fazia voz e violão com 9 anos de idade nos bares de João Pessoa e até já se aventurou no teatro, quando, aos 16 anos, atuou em “Os Saltimbancos”. Nandinho também começou cedo, aos 9 anos, por influência do pai Fernando do Acordeon. Hoje, aos 19 anos, é considerado grande revelação do forró pé-de-serra. Reunido desde o início de 2007, o Trio Manuê vem realizando diversos trabalhos em São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, entre outros.” (Fonte)

Trio Manuê – Pra não ficar na mão
2008

01 Deixe de arrelia (Elton Moraes)
02 Te encho de paixão (Elton Moraes)
03 Pra não ficar na mão (Zezito Pereira)
04 Te confesso meu amor (Sivaldo – Elton Moraes)
05 Arte do destino (Sivaldo)
06 Ruiva apimentada (Elton Moraes)
07 Coração doidim (Elton Moraes)
08 Forró maneiro (Mestrinho)
09 O dengoso (Elton Moraes)
10 Pra xaxar (Zezito Pereira – Mestrinho)
11 Doce de manuê (Elton Moraes – Sivaldo)
12 Sofri por te amar (Tiziu)
13 Doeu (Mestrinho – Erivaldinho)

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O amor que sobreviveu à morte

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Recebemos esse e-mail do Zé Teles, jornalista e crítico musical, além de ser um grande apreciador e fomentador do forró autêntico.

“Oi, Ivan
aqui é José Teles, do Jornal do Comercio do Recife. Anexei aí uma matéria interessante que fiz com a viuva de Zé Dantas.

Eu fiz o texto de um CD de Cláudio Almeida, um violonista bem conhecido aqui. O disco se chama ‘Noites brasileiras, a música de Zé Dantas’.

Dona Yolanda nos presenteou com uma composição inédita de Zé Dantas, a primeira das muitas que ele fez pra ela, em 1949, quando começaram a namorar.

Dominguinhos gravou no disco de Cláudio e anexo esta gravação também.

um abraço
José Teles”
teles@jc.com.br

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O amor que sobreviveu à morte

Há 61 anos, uma jovem de 17 anos, filha de um importante leiloeiro do Recife, resolveu abandonar a vida mansa da capital e conseguiu um emprego de professora primária, num vilarejo chamado Caiçarinha, no Sertão do Pajeú. próximo a Serra Talhada. Foi nesta cidade, num feriado de 7 de setembro de 1947, que ela conheceu um estudante de medicina chamado José Dantas de Souza Filho. Carismático, elegante, brincalhão, Zé Dantas, como o chamavam, era filho de seu Zeca Dantas, um abastado comerciante e fazendeiro de Flores de Carnaíba (da qual foi prefeito duas vezes). Galanteador, ele não perdeu tempo: passou a cortejar a jovem Yolanda.

Zé Dantas também gostava de festas, de música, já compunha algumas, baseadas no folclore e histórias de sua região, ou da sua própria imaginação. Mais tarde, ele faria várias canções para Yolanda, a primeira das quais, Fulô ingrata, composta em 1949, permanecia inédita até ser cedida por ela, no mês passado, ao violonista Cláudio Almeida, que a incluiu no CD Noites brasileiras – A música de Zé Dantas, lançado quarta-feira. Dominguinhos é quem canta “Fulô ingrata” no CD do violonista. Até o casamento, em 1954, foram quatro anos e meio entre namoro e noivado: “Ele terminou medicina e foi fazer residência no Hospital dos Servidores, no Rio. Durante este tempo trocamos muitas cartas, várias vinham com letras de músicas. Sabiá foi uma das que ele fez para mim”. “Na folha de papel na qual Zé Dantas (que se assinava Zédantas) datilografou a letra, lê-se o oferecimento: ‘Para minha querida Yolanda, por quem pergunto todo dia ao sabiá’”. A letra de Sabiá, assim como dezenas de letras, manuscritas ou datilografadas, Yolanda conserva até hoje, no apartamento em que mora, sozinha, na Avenida Boa Viagem.

Uma das salas do espaçoso apartamento à beira-mar é um pequeno museu Zé Dantas. Ali, dona Yolanda guarda álbuns com fotos e recortes de jornais e revistas, troféus, discos, partituras, cópias de programas No mundo do baião (que Zé Dantas apresentava com Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, na Rádio Nacional) e, em perfeito estado, a máquina na qual o compositor escrevia, além do enorme gravador onde registrava suas composições. “Depois que Zé morreu, não casei mais. Tratei de cuidar da memória dele e dos nossos filhos”, conta dona Yolanda, uma senhora elegante, de 78 anos, vaidosa, que pede para não ser fotografada, mas, generosa, permite que se copie à vontade fotos e documentos. O fato de morar só, não significa que ela seja reclusa. “Não quero empregada nem ninguém morando comigo. Só uma diarista, duas vezes por semana, porque o apartamento é grande, mas estou sempre saindo, indo ao shopping ou visitando os netos, em Natal”. Uma de suas netas é a cantora Marina Elali, que herdou os dotes artísticos do avô.

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Zé Dantas faleceu precocemente aos 41 anos, em 1962, de insuficiência renal. “Tomava cortisona importada. Ele se sentiu mal, depois de cantar O parto de Sá Juvita, na fazenda Califórnia, em Miguel Pereira, no interior do Rio”, relembra dona Yolanda. Embora curta, a carreira artística de Zé Dantas (que chegou a participar de programas na Rádio Jornal do Commercio, quando ainda estudava no Recife) é das mais consistentes entre os compositores pernambucanos. Mais do que isso. Em quantidade de composições, ela perde para autores de vida mais longeva, como Capiba, Nelson Ferreira ou o próprio Alceu Valença. No entanto em clássicos deixados para MPB, é imbatível. Com o cearense Humberto Teixeira formou os dois pilares no qual se sustentou a obra de Luiz Gonzaga nos anos 50, sua fase de maior sucesso popular (e fundamentou o que seria chamado de forró). São de Zé Dantas, entre outras, Xote das meninas, Algodão, Riacho do Navio, Vem morena, Siri jogando bola, Noites brasileiras, Forró de Mané Vito, Paulo Afonso, Vozes da seca, Cintura fina, Acauã, A volta da asa branca.

Gonzaga e Dantas conheceram-se no final da década de 40, quando ele era ainda acadêmico de medicina (especializou-se em obstetrícia). O desinibido estudante foi ao hotel onde Gonzaga (já um ídolo nacional) estava hospedado e mostrou-lhe algumas de suas composições. “Quando conheceu Luiz Gonzaga, Zé já havia composto muita coisa. A primeira que Luiz Gonzaga gravou foi Vem morena, que tinha outro título, No resfolego da sanfona. Zé cedia as parcerias, no começo, nem queria que Luiz Gonzaga colocasse o nome dele, com medo do pai saber e cortar a mesada. Quando era estudante, Zé vivia muito bem como rapaz rico, elegante”, revela dona Yolanda. Luiz Gonzaga, a contragosto de Zé Dantas, colocou o nome do “parceiro” nos discos. No início o nome do cantor vinha na frente para chamar menos atenção. A sólida obra de Zé Dantas é formada por cerca de 80 músicas, umas poucas ainda inéditas.

Embora tenha sido Luiz Gonzaga seu maior intérprete, ele foi gravado por muitos nomes famosos do rádio (e, aí, a parceria com Gonzaga está fora da maioria). Carlos Galhardo, por exemplo, gravou Ai, ai, meu bem, os Quatro Ases e um Coringa lançaram O machucado, Ivon Cury fez sucesso com Farinhada, e Marinês com Corina. Dona Yolanda conserva todos estes discos e sabe da história por trás de cada música do marido. “Imbalança ele fez quando a gente passava uns dias em Brejo da Madre de Deus. Zé vinha sempre à cidade dele, ia para a fazenda do pai, reunia o pessoal para ouvir histórias, poesias e voltava sempre com material para novas músicas. Xote da meninas se chamava Mandacaru e Cintura fina era Cintura de pilão”.

Dele ela conserva também poemas (um bem longo sobre o cangaço), um argumento cinematográfico, cartas de amigos, como uma do jornalista e poeta Rogaciano Leite pedindo que ele lhe mande textos. Quando é indagada se nestes anos todos ela não perdeu alguma peça importante do marido, ela responde incisiva: “Não. A única coisa que perdi foi ele”.

José Teles
teles@jc.com.br

Música: “Fulô ingrata” (Zé Dantas)

Zé Dantas e Humberto Teixeira

*Foto extraída do livro/biografia do Gonzagão.

Zé Dantas e Humberto Teixeira.

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Zé Dantas – 17/02/1921 – 11/03/1962

José de Souza Dantas Filho — ou simplesmente Zé Dantas — foi um compositor, poeta e folclorista fundamental para a fixação do baião como gênero de sucesso. Isso se deu graças às suas parcerias com Luiz Gonzaga a partir de 1950, quando este se separou do parceiro inicial, Humberto Teixeira. Mas em 1938 Zé já compunha suas primeiras músicas e escrevia crônicas sobre folclore para uma revista pernambucana.

Foi em 1949 que conheceu Gonzagão e a partir do ano seguinte iniciaram uma profícua série de sucessos imortais assinados a quatro mãos, como “Vem Morena”, “A Dança da Moda”, “Riacho do Navio”, “Vozes da Seca”, “A Volta da Asa Branca”, “Imbalança”, “ABC do Sertão”, “Algodão”, “Cintura Fina” e “Forró de Mané Vito”. O grupo vocal Quatro Ases e Um Coringa também obteve grande sucesso com “Derramaro o Gai”, depois também imortalizada pelo Rei do Baião. Em 1951, compuseram mais um clássico, o baião “Sabiá”, e no ano seguinte foram às paradas com a marcha junina “São João na Roça” e com a triste “Acauã” (esta assinada apenas por Zé).

Atuou ainda ao lado de Paulo Roberto no programa No Mundo do Baião, na Rádio Nacional (RJ) em 1953, ano em que estouraram o “Xote das Meninas” e “Farinhada” (esta também apenas de Zé), na voz de Ivon Curi. Outro ícone do baião, Jackson do Pandeiro, também fez sucesso com uma canção de Zé Dantas, “Forró em Caruaru”. Quando foi diretor folclórico da Rádio Mayrink Veiga, do Rio, o compositor chegou a regravar suas canções mais emblemáticas em disco.

Mesmo depois de sua morte, todas as músicas da dupla continuaram a ser relidas pelos maiores nomes da MPB – até os dias de hoje – como Gal Costa, Gilberto Gil, Elba Ramalho, Alceu Valença, Fagner, Marisa Monte e muitos grupos de Oxente Music e até da geração da música eletrônica.

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Humberto Teixeira – 05/1/1915 – 03/10/1979

Cearense de Iguatu, começou a estudar música cedo, aprendendo flauta e mais tarde bandolim. Ainda adolescente, começou a editar composições (a primeira foi “Miss Hermengarda”, aos 13 anos, composta em homenagem a uma concorrente de um dos primeiros concursos de beleza realizados no Ceará),e no início dos anos 30 radicou-se no Rio de Janeiro, com o objetivo de estudar medicina. Na então capital federal, continuou compondo regularmente e tendo suas músicas editadas. Em 1934 foi um dos vencedores de um concurso de marchas de carnaval, ao lado de Ary Barroso, Ari Kerner e outros compositores de tarimba.

Acabou desistindo da medicina e optando pelo direito, profissão em que se formou em 1943, exercendo a advocacia e a música simultaneamente. Em 1945 conheceu o parceiro que o celebrizaria, o Rei do Baião Luiz Gonzaga. Feita a dupla, trataram de divulgar maciçamente os ritmos nordestinos, em especial o baião, suprindo uma lacuna mercadológica então existente. Por esse motivo Humberto Teixeira ficou conhecido como o “doutor do baião”. Sua primeira composição com Gonzaga gravada foi justamente “Baião”, pelo grupo Quatro Ases e Um Coringa.

A partir de então uma série de grandes sucessos sucedeu-se: “Qui Nem Jiló”, “Baião de Dois”, “Assum Preto”, “No Meu Pé de Serra” e, especialmente, “Asa Branca”. Apesar de ser conhecido como “letrista” de Luiz Gonzaga, Humberto também tem composições só suas, como o baião “Kalu”, grande sucesso na voz de Dalva de Oliveira. Outros parceiros foram Sivuca (com quem compôs “Adeus, Maria Fulô”, que teve leitura psicodélica feita pelos Mutantes em 1968), seu cunhado Lauro Maia (“Deus Me Perdoe”, “Só uma Louca Não Vê”, “Poema Imortal”) e Lírio Panicalli (“Sinfonia do Café”).

Em 1950 foi eleito deputado federal em seu estado natal, e entre seus projetos políticos destaca-se o que incentivava turnês de divulgação da música brasileira no exterior. Também figurou na diretoria da União Brasileira de Compositores (UBC) e lutou politicamente pelos direitos autorais. (Fonte)

CD – Trio Nordestino – Balanço bom

Colaboração do Francisco Edvaldo Silveira, de Morrinhos – CE, as capas são minhas, com direito a autógrafo do coroné, do Beto e do Luiz Mário. A seguir a história do Trio, extraída de seu sítio oficial: http://www.trionordestino.com.br

Em maio de 1958 três jovens baianos. Evaldo dos Santos (Coroné), Lindolfo Mendes Barbosa (Lindú) e José Pedro Cerqueira (Cobrinha), se juntaram no Pelourinho com um único sonho: ” Fazer Sucesso na Música “. Logo conheceram Gordurinha, grande radialista da época os viu tocar e ficou encantado com aqueles três meninos colocando platéias ao delírio e lhe fez um convite: ” O de ir para o Rio de Janeiro “, ele lhes prometeu uma gravadora e assim foi feito, vieram para o Rio e em 1962 gravaram o seu primeiro sucesso: ” Chupando Gelo “, daí foi quase um disco por ano e um sucesso atrás do outro: ” Pau de Arara é a Vovozinha, Vamos Xamegar, No Meio das Meninas”, dentre outros.

No início da inesquecível década de 70 o primeiro sucesso: ” Procurando Tú “, este foi a grande consagração do Trio Nordestino, pois ficou 90 dias nas paradas de sucesso vendendo mais de 1.000.000 de discos, ficando atrás apenas do Rei Roberto Carlos. Ainda na década de 70 o Trio teve a felicidade de gravar muitos sucesso como: ” Forró Pesado, Chililiqui, Chinelo da Rosinha, Petrolina Juazeiro, Chap Chap ” dentre outros.

Já no início da década de 80 mais precisamente em 1982 morre Lindú o sanfoneiro e vocalista do Trio. ” Que me perdoem os outros, mas Lindú foi a melhor voz do Nordeste ” sábias palavras do mestre Luiz Gonzaga.

Mas Lindú deixou ainda em vida seu substituto: Genário, sanfoneiro alagoano que ficou no Trio por 11 anos e também gravou o grande sucesso: “Neném Mulher” no ano de 1985. Chegada à década de 90, mas precisamente em 92 Genário decide fazer carreira solo e sai do Trio.
Meses depois morre Cobrinha. Coroné não deixou cair à bandeira e chama Luiz Mário, nada mais nada menos que, filho de Lindú. Fizeram alguns shows com sanfoneiros convidados, quando chega ao ano de 95 por indicação de Mariazinha viúva de Lindú, Coroné convida Beto Sousa afilhado de Lindú. A partir daí começa uma nova fase do Trio !

Com várias indicações para o prêmio Caras e prêmio Tim de melhor grupo regional, e turnês pela Europa e EUA. Com essa nova fase, começou a era do CD para o Trio Nordestino com a gravação do 1° CD intitulado “Xodó do Brasil”.
45 anos de sucesso, o Trio lança seu 43° álbum intitulado o “Baú do Trio” com 25 de seus maiores sucessos, com várias participações especiais como: ” Elba Ramalho, Raimundo Fagner, Lenine, Dominguinhos, Alcione, Alceu Valença, Forroçacana, Falamansa ” dentre outros.

Em abril de 2005 morre Coroné, o último dos fundadores, foi para o céu fazer companhia a seus eternos amigos: Lindú e Cobrinha, com mais uma baixa, Luiz Mário e Beto não deixaram a bandeira do forró cair, Carlinhos hoje batizado Coroneto assume a zabumba do seu avô Coroné, sendo batizado de Coroneto em homenagem a seu avô.

Hoje o Trio Nordestino é formado por Luiz Mário, Beto Sousa e Coroneto, dando continuidade aos 50 anos de História de sucesso, mostrando para todos os seus fãs, que a herança deixada por Lindú, Cobrinha e Coroné, está em boas mãos.
Com vocês o inequecível Trio Nordestino !

Trio Nordestino – Balanço bom
Deckdisc – 2001

#01. Me dá meu coração (Accioly Neto)
#02. Ainda queima (Targino Gondim – Manuca Almeida – Djacy Salgueiro)
#03. Amor escondido (Antonio Ceará – Luís Mário – Jorginho)
#04. Fumacê (Rossini Pinto – Solange Corrêa )
#05. Forró e paixão (Carlinhos Axé – Gonzaguinha do Baião )
Participação especial: Trio Virgulino
#06. Onkotô (Beto Souza – Todynho Chapadão)
#07. Sem querer (Bolão – Vinagre – Zdanowski – Robério Rafael)
#08. Gotas de luar (Rogério Essen – Antonio Ceará)
#09. Lá vou eu (Beto Souza)
# Origens (Beto Souza)
#10. Como alcançar uma estrela (Miltinho Edilberto)
#11. Cochilou o cachimbo cai (Jota Lima)
# Balanço bom (Zinho – Evaldo Lima)
Participação especial: Rastapé
#12. Ana bela (Robson Silva – Beto Souza)
#13. Sem você eu nada sou (Beto Souza – Evaldo Lima)
#14. De lua a Jackson (Forró da terra) (Júlio Moura – Juninho)

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Os cabras – Ao vivo

Os Cabras vêm para renovar o casting da música nordestina e suas origens, com o repertório de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Sivuca, Marinês, Ary Lobo, Trio nordestino, O 3 do Nordeste entre outros. Bebendo dessa água musical formou-se “Os Cabras” que procuram manter a fidelidade e as tradições do autêntico forró pé de serra. Viva Gonzagão, Viva a Nação Forrozeira!!!

Marcelo Mimoso (Voz-Triângulo) nascido na cidade do Rio de Janeiro,filho de nordestinos,que dá continuidade aos passos do pai Fidelis do Acordeon nascido na cidade de Remigio-PB.

Cesinha (Acordeon) Nascido em Petrópolis, filho de Cesar do Acordeon,também de Petrópolis,Cesinha começou a fezer seus primeiros dedilhados aos 11 anos de idade inspirados no mestre Dominguinhos.

Rodrigo (Zabumba-Voz) Nascido em Natal/RN filho de Mário Filho grande violonista da MPB.
(informações extraídas do sítio do trio)

Essa gravação foi feita em Junho de 2008, no Rio de Janeiro – RJ, e nela o trio foi acompanhado de Mozart Laranjeira tocando baixo, Cachaça tocando cavaco, guitarra e viola de 10 cordas e André Vercelino nas percussões, além da participação especial de Mariana Melo em “Feira de mangaio” e “Eu só quero um xodó”.

Os cabras – Ao vivo
2008

01
Lamento sertanejo (Dominguinhos)
02
É proibido cochilar (Antonio Barros)
Toque de fole (Bastinho Calixto – Ana Paula)
Forró de tamanco (Antonio Barros)
Bota severina pra moer (Zé Mocó – Zé Marcolino)
03
Sanfona sentida (Dominguinhos – Anastácia)
Estrela de ouro (José Batista – Antonio Barros)
Baião granfino (Marcos Valentim – Luiz Gonzaga)
Viola de Penedo (Luiz Bandeira)
Dono dos teus olhos (Humberto Teixeira)
04
O xote das meninas (Luiz Gonzaga)
Sala de reboco (Luiz Gonzaga – José Marcolino)
Zé do rock (João Silva – Raymundo Evangelista)
Minhas desculpas (João Silva – Zé Mocó)
Onde está você (Zezum)
Volta e meia (Dominguinhos – Climério)
Preciso do teu sorriso (João Silva – Enok)
05
Homenagem a Chiquinho do acordedon (Dominguinhos)
O fole roncou (Nelson Valença – Luiz Gonzaga)
06
De onde vem o baião (Gilberto Gil)
Forrozeiro apaixonado (João Gonçalves)
Forró no sertão (Anastácia – Dominguinhos)
Plantio de amor (Dominguinhos – Climério)
07
Espumas ao vento (Accioly Neto)
Meu cenário (Maciel Melo)
Abri a porta (Gilberto Gil – Dominguinhos)
08
Feira de Mangaio (Glorinha Gadelha – Sivuca)
Eu só quero um xodó (Anastácia – Dominguinhos)
09
Taxi lunar (Alceu Valença – Geraldo Azevedo – Zé Ramalho)
Morena tropicana (Alceu Valença)
Esperando na janela (Targino Gondim – Manuca Almeida – Raimundinho do Acordeon)
Colo de menina (Jorge Filho)
10
Gostoso demais (Dominguinhos – Nando Cordel)
Baião da garoa (Luiz Gonzaga – Hervê Cordovil)
Tenente Bezerra (Gordurinha)
Pau de arara (Guio de Moraes – Luiz Gonzaga)
O último pau de arara (Venâncio – Corumba – José Guimarães)
11
A ordem é samba (Jackson do Pandeiro – Severino Ramos)
Rapa cuia (Bezerra da Silva – Jorge Garcia)
Saxofone por que tu choras? (Ratinho)
Brasileirinho (Waldir Azevedo)
12
Forró e paixão (Carlinhos axé e Gonzaguinha do Baião)
Tenho sede (Anastácia – Dominguinhos)
Fumacê (Rossini Pinto – Solange Corrêa )
O vira (João Ricardo – Luli)
Pense n’eu (Gonzaguinha)
13
Sete meninas (Toinho – Dominguinhos)
Sebastiana (Rosil Cavalcanti)
Nilopolitano (Dominguinhos – Sivuca)

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CD – Trio Nordestino – Xodó do Brasil

O áudio é uma colaboração do Francisco Edvaldo Silveira, de Morrinhos – CE, que nos enviou a discografia completa do Trio Nordestino. Com o tempo publicaremos toda a discografia do Trio, por enquanto vamos publicando os discos que temos as capas.

‘Em maio de 1958 três jovens baianos. Evaldo dos Santos (Coroné), Lindolfo Mendes Barbosa (Lindú) e José Pedro Cerqueira (Cobrinha), se juntaram no Pelourinho com um único sonho: ” Fazer Sucesso na Música “. Logo conheceram Gordurinha, grande radialista da época os viu tocar e ficou encantado com aqueles três meninos colocando platéias ao delírio e lhe fez um convite: ” O de ir para o Rio de Janeiro “, ele lhes prometeu uma gravadora e assim foi feito, vieram para o Rio e em 1962 gravaram o seu primeiro sucesso: ” Chupando Gelo “, daí foi quase um disco por ano e um sucesso atrás do outro: ” Pau de Arara é a Vovozinha, Vamos Xamegar, No Meio das Meninas”, dentre outros.

No início da inesquecível década de 70 o primeiro sucesso: ” Procurando Tú “, este foi a grande consagração do Trio Nordestino, pois ficou 90 dias nas paradas de sucesso vendendo mais de 1.000.000 de discos, ficando atrás apenas do Rei Roberto Carlos. Ainda na década de 70 o Trio teve a felicidade de gravar muitos sucesso como: ” Forró Pesado, Chililiqui, Chinelo da Rosinha, Petrolina Juazeiro, Chap Chap ” dentre outros.’ (Trecho extraído do sítio do Trio)

Esse foi o primeiro disco lançado pelo trio após a saída de Genário, que substituiu Lindú durante algum tempo, e o falecimento de Cobrinha. Coroné convidou Beto Souza e Luiz Mário para dar continuidade à maravilhosa carreira do Trio Nordestino.

A curiosidade fica pelo uso da gravação original da voz do saudoso Lindú interagindo com a voz de seu filho e atual vocalista do trio, Luiz Mário. Neste álbum eles homenageiam Luiz Gonzaga, Jackson do pandeiro e o próprio Trio, em pout pourris.

Trio Nordestino – Xodó do Brasil
1997 – Brasis

#01. Procurando tu (Antonio Barros Silva – J. Luna)
#02. Só quero um xodó (Dominguinhos – Anastácia)
#03. Homenagem a Luiz Gonzaga
Asa Branca (Luiz Gonzaga – Humberto Teixeira)
Paraíba (Luiz Gonzaga – Humberto Teixeira)
Assum Preto (Luiz Gonzaga – Humberto Teixeira)
#04. Súplica cearense (Gordurinha – Nelinho)
#05. Mambo da cantareira (Gordurinha – Nelinho)
#06. Bom demais (Dominguinhos)
#07. Homenagem a Jackson do pandeiro
Forró do Limoeiro (Edgar Ferreira)
Canto da Ema (Ayres Viana – Alventino Cavalcanti – João do Vale)
Um a um (Edgar Ferreira)
#08. Sempre assim (Beto do Acordeon – Robson Silva)
#09. Último pau de arara (Venâncio – Corumba – J. Guimarães)
#10. Homenagem a Luiz Gonzaga
Cintura fina (Luiz Gonzaga – Zé Dantas)
Ovo de codorna (Severino Ramos)
#11. Morena tropicana (Alceu Valença)
#12. Mulher rendeira (D. P.)
#13. Madalena (Isolino)
#14. Homenagem ao Trio
# Meu Pitiguari (Agripino Aroeira – Rosilda Santos)
# Na emenda (Manoel Euzébio – Juarez Santiago)

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