Accioly Neto – Trancelim
José Accioly Cavalcanti Neto, nasceu em 11/07/1950, em Goiana – PE e faleceu em 29/10/2000, em Recife – PE.
Foi observando os seresteiros amigos das irmãs velhas que, aos oito anos, começou a tocar violão.
Proibido, a princípio, pelo pai, treinava escondido, dentro do guarda-roupa, usando um violão emprestado da irmã.
Apesar desse começo conturbado, a partir daí não mais parou, seu interesse pela música se estendeu até a juventude e, aos 25 anos, Accioly Neto iniciava carreira artística como vocalista dos grupos Bulldog e Big Som, no Rio de Janeiro.
Surgiram as oportunidades para participação em festivais de música, conseguindo, sempre, classificar bem as suas composições.
No Recife novamente, liderou, como baixista, cantor e compositor o grupo Acalanto.
Em 1977, sua música Severina Cooper, gravação da Som Livre, foi classificada em 2º lugar na Primeira Cantoria de Música Nordestina, promovida pela Rede Globo, no Teatro do Parque.
Por essa época, com os grupos Acalanto e Contrapeso, Accioly Neto participou dos shows Cante Enquanto Tem Boca e Santo de Barro.
Em seguida foi para São Paulo, e teve duas de suas músicas gravadas: Palavra de honra, por Jessé e Maria Maravilha, por Vanusa.
Foi em 1981, ano em que apresentou uma música no Festival MPB Shell, que decidiu se casar com Tereza, que se tornou produtora musical.
Em 1986, lança o LP Trancelim, que marca uma mudança em seu estilo musical, passando a fazer parte do grupo dos compositores de forró, reencontrando suas raízes nordestinas.
Accioly Neto – Trancelim
1986 – RGE
01. Trancelim (Accioly Neto)
02. Que Fazer da Solidão (Accioly Neto)
03. Indo e Vinhendo (Accioly Neto)
04. Tingo-lingo (Accioly Neto)
05. Mais Um Forró (Accioly Neto)
06. Canceriano (Accioly Neto)
07. Tão Bonito Que Embriaga (Accioly Neto)
08. Por Causa Dela (Accioly Neto)
09. Tem Gente Que Não Sabe o Que É Amor (Accioly Neto)
10. Minha Terrinha (Accioly Neto)
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Pessoal, esse é “o cara” da música regional. Para os mais antigos, eu diria que Accioly seria o Zé Dantas dos anos 90. Isso porque suas letras eram românticas e carregadas de sensualidades, tal qual fazia o sertanejo nos anos 50 e 60, porém, com menos sensualidade. Como exemplo daquela época, temos a “LETRA I e XOTE DAS MENINAS”, enquanto nos anos 90 temos “MINHA GATA, QUANDO BATE O CORAÇÃO, ESPUMAS AO VENTO” e outras poesias. É de lamentar que “o cara” tenha ido embora tão cedo. Parece ser o destino traçado para quem é diferenciado.
À quem não sabe, sugiro ouvir os grandes sucessos de FLÁVIO JOSÉ e SANTANA entre os anos de 2000 e 2005, e ver o nome do autor da música.
Na verdade, ele ERA o cara. Infelizmente, deixou-nos no ano de 2000, salvo engano.
Caro Claudio.
Adorei seu comentário. Eu conheci primiero os Flavio José. E adoro a música Me Diz, Amor (do grande Accioly). Eu infelizmente moro em Goiás (Anápolis) e só me resta pescar esses caras na internet. Por aqui não chega nada dele e ninguém os conhecem.
Vou procurar SANTANA, só tinha ouvido falar!
Um grande abraço.
Accioly Neto, na verdade, não é só um grande compositor, cantor e professor da letra capira e clássica, para mim, da sonoridade poética, da musicalidade nordestina, ele é algo sagrado que, por destino, deixou estas plagas para compor no Paraíso. Suas músicas têm uma infiinidade de luzes que iluminam os rumos da música nordestina. Nunca se viu nem ouviu coisas tão belas como “ESPUMAS AO VENTO”, letra e música que nos enchem os olhos de lágrimas na ênfase da emoção humana. Não há palavras sábias que venham, com precisão, traduzir a capacidade inteligente de compor o recheio da poesia brejeira de Accioly Neto. Não trago, no âmago, uma perfeita definição desse Gênio da música nordestina, que se foi, mas que deixou um belo caminho asfaltado e iluminado por onde muitos compositores poderão desfilar, não esquecendo jamais que esse trajeto pavimentado foi perfeitamente arquitetado e construído pelo incomparável Gênio Musical ACCIOLY NETO.