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Mestre Zinho – Murro em ponta de faca

Gostaria de começar a postagem de hoje agradecendo ao Itamar por ser o primeiro colaborador desse nosso projeto, ontem ele nos enviou um ótimo disco do abdias, que ainda essa semana postaremos. Esse é o propósito pelo qual criamos esse projeto, de ter um canal de conversa com diversas pessoas que gostam de forró, e não criar uma coisa onde só nós falamos e disponibilizamos apenas o que gostamos. Ele está aberto a todos que queiram participar, seja comentando os discos, seja enviando discos para disponibilizarmos também.

Bem, mas hoje estou aqui para falar de um grande cara, uma das melhores vozes que já escutei no forró, e uma das maiores lendas ainda vivas da nossa música nordestina, estou aqui para falar de Erivan Alves de Almeida, mais conhecido como Mestre Zinho. Alagoano nascido na cidade de Rio Largo, passou a ser conhecido quando em 1980 passou a fazer parte do grupo Os 3 do Nordeste, assumindo o lugar de Zé Cacau, primeiro vocalista do grupo. Com Os 3 do Nordeste, Zinho gravou 8 Lps. Após sair dos 3 do Nordeste, Mestre Zinho passou a gravar sozinho, tendo mais de 10 álbuns lançados assim.

Esse disco que disponibilizamos hoje é o disco lançado em 1988 e gravado pela Arco-Iris. Esse é um disco muito especial de Mestre Zinho, pois tras a participação de grandes nomes do forró, como Luiz Gonzaga, que grava a faixa ‘Forró fun’, Dominguinhos que está na faixa ‘Bem chegadinho’ e Hermelinda na faixa ‘Confissão’. Fora a música que da nome ao disco, ‘Murro em ponta de faca’, que é um dos maiores sucessos do Mestre.

Mestre Zinho – Murro em ponta de faca
1988 – Arco-Iris

01. Forró fum (Zinho – Aluizio Silva – Luiz Wanderley)
02. Murro em ponta de faca (Zinho – Reginaldo Silva)
03. A festa dos sapos (Zinho – Adilson do Metal)
04. Meu desejo (Zinho – Mininha)
05. O rei e eu (Agripino Aroeira – Zinho)
06. Princeza da Borborema (Agripino Aroeira)
07. Bem chegadinho (Zinho – Bastinho Calixto)
08. Fazer hen hen (Zuza – Zinho)
09. Confissão (Afripino Aroeira – Zinho)
10. Sonhos alados (Agripino Aroeira – Tony Gel)
11. Hábitos e custumes (Agripino Aroeira – Adilson do Metal)
12. Ferro de engomar (Petrucio Amorim – Jorge Silva do Recife)

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Sebastião do Rojão – Não saio do forró

Sebastião do Rojão, cantor e compositor pernambucano, gravou do início da década de 60 até o início da década de 80. Teve passagens por outros ritmos durante sua carreira, como o bolero, mas marcou mesmo foi como cantor de forró, registrou sua voz em vários LPs, alguns seus e em algumas coletâneas.

Gravou músicas próprias e de compositores e artistas renomados como Gordurinha, Elino Julião, Juarez Santiago, Walmir Silva, João do Vale, Jackson e Pedro Sertanejo. Passando por algumas gravadoras como Bervely, Cartaz, Premier, Chantecler e Copacabana.

Nesse disco, entre algumas músicas totalmente desconhecidas, destaque para o arrasta-pé “Cutucando”,para o xote “Mestre mandou” e para o antológico ‘Lamento Nordestino’, na execução de Roberto Stanganelli e Oswaldinho do acordeon.

Sebastião do Rojão – Não saio do forró
Cartaz

01. Morena dos olhos verdes (Sebastião do Rojão – Petrúcio)
02. Saudade matadeira (Déo do Baião)
03. Coração sofredor (Jenésio Guedes – Sebastião do Rojão)
04. A mesa de quatro pé (Tiago Duarte – Sebastião do Rojão)
05. O mestre chegou (Sebastião do Rojão – Miguel Vieira)
06. Cutucando (Agenor Farias – Euclides Farias)
07. Estudei pelo mobral (Valmir Silva – Sebastião do Rojão)
08. Te ganho na raça (Tiago Duarte – Sebastião do Rojão)
09. De amor estou morrendo (Juarez Santiago – Adolfo da modinha)
10. Eu quero ver (Juarez Santiago – Jorge Emanuel)
11. Terreiro em festa (Janduhy Finizola)
12. Lamento nordestino (Roberto Stanganeli – Osvaldinho)

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Noca do Acordeon – O rei do teclado

Bom, seguindo ao estilo da minha última postagem, hoje disponibilizaremos um disco de mais um grande sanfoneiro, Noca do Acordeon.

Noca, na verdade chamava-se Adauto Pereira Mattos, nasceu em Jequié BA 18/11/40 e faleceu em 18/07/1985 no Rio de Janeiro.

Foi um dos grandes solistas de choro na sanfona, nas gravações que deixou, em seus diversos discos, suas músicas eram sempre muito bem tocadas.

Para variar um pouco pesquisando sobre o artista, pudemos coletar poucas informações sobre ele, porém isso não nos impediu de postar sobre o Nóca do Acordeon.

Nesse disco Noca mostra realmente como se toca uma sanfona, fazendo uma grande mistura de ritmos.

O lado A deste LP é dedicado ao chôro, com belas músicas.

Já no lado B Noca mostra uma grande variedade de estilos como o baião, o mengo, o bolero, o samba-canção e o samba-baião.

Esse disco é uma preciosidade, espero que seja do agrado de todos.

Noca do Acordeon – O rei do teclado
Musicolor – 1968

01. Perigoso (Adauto Mattos – Palmeira)
02. O rei do teclado (Adauto Mattos)
03. Dançando no azul (Adauto Mattos – Ivanildo Silva)
04. Deixa comigo (Olegário Bastos – João Barone)
05. Lamento (Adauto Mattos)
06. Bibop no chôro (Adauto Mattos – J. Luna)
07. Recordando o Havai (Adauto Mattos)
08. Revendo Iracema (Adauto Mattos – Waldemir Farias)
09. Silêncio por favor (Adauto Mattos)
10. Teclado que chora (Adauto Mattos)
11. Saudação de um pau de arara (Alberto Ribeiro)
12. Nostalgia (Adauto Mattos)

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Trio Nortista – Se eu te contar, é chato

No fim da década de 60 surgiu o Trio Nortista, sua primeira formação foi Camarão, Jacinto Silva e Ivanildo Leite. Diversos músicos passaram pelo trio, entre eles o zabumbeiro Déo do Baião e Tiziu, multi-instrumentista que toca atualmente no Trio Araripe.

Durante grande parte da sua existência, teve como base na sua formação o sanfoneiro Jonas de Andrade, irmão do seu Zequinha, que toca atualmente no Trio Xamego, reparem a arma na cinta do seu Zequinha!

Marcado pela irreverência e pelo bom humor nas suas letras, sem esquecer da riqueza dos arranjos, percussão bem colocada, o contra baixo bem inserido com uma boa timbragem para não embolar os graves, as vezes uma flautinha fazendo o contra-canto, as vezes um cavaquinho, mas sempre com muito bom gosto e sem exageros.

Nesse disco de 1979, “Se eu te contar, é chato”, xotes, cocos, baiões, arrasta-pés, forrós e até um sambinha em “Que malandro sou eu?”, destaque também para a faixa título além de “Ding – ding” e “Festival de casamento”, sempre de autoria de Jonas de Andrade, as vezes com parceiros.

Ouça, aprecie e dance um forrózinho ao som do Trio Nortista, se apagar a luz, é uma viagem no tempo.

Trio Nortista – Se eu te contar, é chato
1979 – Musicolor

01 Uma promessa ao senhor do Bonfim (Jonas de Andrade – Telmo dos Santos)
02 Mulher do macaco (Carlos Diniz)
03 Ding-ding (Jonas de Andrade)
04 Testamento de matuto (Antonio Trajano)
05 Festival de casamento (Feliciano da Paixão – Jonas de Andrade)
06 Que malandro sou eu?(Jonas de Andrade – Adjalme G. da Silva)
07 Se eu te contar, é chato (Adjalme G. da Silva – Jonas de Andrade)
08 Menina da praia (Jonas de Andrade)
09 O santo do povo (Alcymar Monteiro – Pedro Duarte)
10 Apolonio Sales (J. Belem)
11 Fogo na fogueira (Jonas de Andrade)
12 Coco sem troco (Jonas de Andrade)

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Texto – Estão acabando com a cultura nordestina

Nos últimos anos tenho visto revoltado e estarrecido a um processo cruel de desconstrução da cultura nordestina, notadamente sertaneja com a conivência da maioria das prefeituras e rádios do interior. Digo isso porque vivo em interior há 5 anos. Em todos os espaços de convivência, praças, bares, e na quase maioria dos shows, o que se escuta é música de péssima qualidade que, não raro, desqualifica a mulher e embrutece o homem. Como se ser rapariga ou cachaceiro fosse alguma qualidade.

O que adianta as campanhas bem intencionadas do governo federal contra o alcoolismo e a prostituição infantil, quando a população canta ‘beber, cair e levantar’, ou ‘dinheiro na mão e calcinha no chão’? O que adianta o governo estadual criar novas delegacias da mulher se elas próprias também cantam e rebolam ao som de letras que incitam à violência sexual? O que dizer de homens que se divertem cantando ‘vou soltar uma bomba no cabaré e vai ser pedaço de puta pra todo lado’? Será que são esses trogloditas que chegam em casa, depois de beber, cair e levantar, e surram suas mulheres e abusam de suas filhas e enteadas? Por onde andam as mulheres que fizeram o movimento feminista, tão atuante nos anos 70 e 80 que não reagem contra essa onda musical grosseira, violenta e de péssima qualidade? Se fazem alguma coisa, tem sido de forma muito discreta, pois não vejo nada nos meios de comunicação, e nada encontro que questione ou censure tamanha barbárie. E boa parte dos mesmos meios de comunicação são coniventes, pois existe muito dinheiro e interesses envolvidos na disseminação dessas músicas de baixíssima qualidade com artistas idem.

E não pensem que essa avalanche de mediocridade atinge apenas os menos favorecidos da base de nossa pirâmide social, e com menor grau de instrução escolar. Cansei de ver (e ouvir) jovens que estacionam onde bem entendem, escancaram a mala de seus carros exibindo, como pavões emplumados, seus moderníssimos equipamentos de som e vídeo na execução exageradamente alta dos cds e dvds dessas bandas que se dizem de forró eletrônico. O que fazem os promotores de justiça, juízes, delegados que não coíbem, dentro de suas áreas de atuação, esses abusos? E ainda tem mulher que acha lindo isso tudo.

Quando Luiz Gonzaga e seus grandes parceiros, Humberto Teixeira e Zé Dantas, criaram o forró não imaginavam que depois de suas mortes essas bandas que hoje se multiplicam pelo Brasil praticassem um estelionato poético ao usarem o nome forró para a música que fazem. O que esses conjuntos musicais praticam não é forró! O forró é inspirado na poesia do sertanejo; já esses que se dizem tocar ‘forró’ se inspiram numa matriz sexual chula! O forró é uma dança alegre e sensual; já os outros exibem uma coreografia explicitamente sexual! O forró é um gênero musical que agrega vários ritmos como o xote, o baião, o xaxado; os artistas de araque criaram uma única pancada musical que, com certeza, não corresponde aos ritmos do forró! E se apresentam como bandas de ‘forró eletrônico’! Na verdade, Elba Ramalho e o próprio Gonzagão, nosso eterno Rei, já faziam o verdadeiro forró eletrônico de qualidade nos anos 80.

Da dança da garrafa de Carla Perez até os dias de hoje formou-se uma geração que se acostumou com o lixo musical! Estão aí funk, swingueira, arrocha, etc. Não, meus amigos: não é conservadorismo, nem saudosismo! Mas não é possível o novo sem os alicerces do velho! Não é possível qualidade de vida plena com mediocridade cultural, intolerância, incitamento à violência sexual e ao alcoolismo!

Mas, felizmente, há exemplos que podem ser seguidos, como os do Trio Forrozão, de São Paulo, ou o grupo Falamansa, que sabe adequar modernidade instrumental com qualidade musical do autêntico forró. Sem falar no extraordinário Waldonys, mais um seguidor de Luiz Gonzaga. E é com esses exemplos que a resistência da cultura nordestina deve se perpetuar, ao contrário do que esses empresários cearenses pretendem fazer.

Luiz de França Sobrinho – Coordenador do NTE – Caicó/RN
Fone 84 3421 6051 – Cel 84 9962 7822

CD – Forróçacana – Vamo que vamo

Banda de forró pé-de-serra carioca surgida em 1997, formada por jovens músicos que freqüentavam os forrós do Rio.

No início da carreira tocavam basicamente músicas de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro entre outros clássicos da música nordestina, mais tarde passaram a investir na composição de um repertório próprio e original que culminou com a gravação independente desse álbum “Vamo que vamo” em 1999, esse disco seria re-lançado pela Indie records no ano seguinte incluindo uma faixa bônus com uma regravação de “Menina Mulher da Pele Preta”, de Jorge Ben.

Naquela época, o Forróçacana era formado por Mará (sanfona), Duani (voz e percussão), Chris (percussão), Cachaça (violão e cavaquinho), Marquinhos (rabeca) e Cláudio (contrabaixo), posteriormente o baixista foi substituído e um novo percussionista agregado.

No decorrer da carreira, partiram do tradicional forró para mesclá-lo com elementos de choro, samba, salsa, reggae e outros estilos.

Nesse disco o Forróçacana ainda está bem preso à sua origem, o forró pé-de-serra, porém com um enfoque mais urbano e uma roupagem moderna. Músicas de autoria própria com um balanço inconfundível, esse disco, quanto mais passa o tempo, melhor fica.

Forróçacana – Vamo que vamo
1999

01. Suor de pele fina (Cachaça – Duani)
02. Cutuca (Duani)
03. O cabra (Chris – Duani)
04. Encaixe perfeito (Duani – Chris – Paulinho Cruz)
05. Forró horizontal (Duani – Chris)
06. Telepatia no salão (Duani – Chris)
07. Querendo sim (Cachaça)
08. Lelé (Duani)
09. Caraiva (Duani)
10. Brasa (Duani)
11. Doidim (Duani)
12. Rosa amar ela (Marquinhos Moletta)
13. Vamo que vamo(Cachaça)

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Zé Calixto – Sanfoneiro pai d´egua

Zé Calixto nasceu em Campina Grande na Paraíba em 1939. Aos oito anos já tocava sanfona e aos 12 anos já comandava bailes e festas sozinho na sua cidade. Foi nessa época, durante suas apresentações, que conheceu Genival Lacerda e Jackson do Pandeiro.

Em 1959, durante o período de lua-de-mel de seu recente casamento, foi convidado por um amigo para fazer uma gravação no Rio de Janeiro. Deixou sua esposa e aceitou viajar 8 dias de ônibus e voltou três meses depois para buscar sua companheira, mudando-se para a cidade maravilhosa.

Conhecido como o Rei dos oito baixos, dedicou toda sua vida à sanfona,. Em 1960, gravou uma série de 4 discos ao acordeom pela gravadora Sinter com os forrós “Forró de Seu Dideu”, “Forró em Serra Branca”, “Forró em Campina Grande” e “Bodocongó”; a polca “Polquinha brejeira”; o frevo “Oito baixos no frevo”; o xote “Xote em fá” e o choro “Bossa-nova em oito baixos”, todas de sua autoria. Com sua sanfona de oito baixos, chamou tanto a atenção dos produtores cariocas, que logo foi contratado pela Phillips, passando a gravar. (texto retirado do site Dicionario Cravo Album de música popular brasileira).

Esse disco que postamos aqui é um desses que ele gravou no começo de sua carreira pela Philips, simplesmente sem comentários, quem me conhece sabe que sou fã incondicional desse cara. Nesse disco podemos conferir toda sua qualidade nos oito baixos, espero que gostem desse som.

Zé Calixto – Sanfoneiro pai d´egua
1964 – Philips

01. Casa de pedra (Rosil Cavalcanti – Zé Calixto)
02. Fuzarca da boa (Adaptação Zé Calixto)
03. Saudade do Recife (Oscar Barbosa – Zé Calixto)
04. Amaciando o teclado (Oscar Barbosa – Zé Calixto)
05. Forró decente (Airão Reis – Nelson Guimarães)
06. Sarapeté na pimenta (Luiz Guimarães – Zé Calixto)
07. Cuco (P. Melilli – Avaré)
08. Forró em corta dedo (Luiz Guimarães – Zé Calixto)
09. Desemprego (Airão Reis – Narcisinho)
10. Palmeirinha (Otavio Filho)
11. Porto Velho (Zé Casimiro – Zé Calixto)
12. Fandango (Luiz Guimarães)

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Oswaldinho – Forró pop

Neto de Aureliano, mestre sanfoneiro de Euclides da Cunha – BA, filho de Pedro Sertanejo, um dos precursores do forró em São Paulo, que além de sanfoneiro era afinador de sanfonas, foi aprendendo os segredos do fole na mais sagrada tradição: de pai pra filho.

Nascido no Rio de janeiro, foi trocando de sanfona conforme suas mãos cresciam, sendo que a primeira foi uma sanfona de 4 baixos, aos sete meses de idade.

Cresceu vendo Luiz Gonzaga, Sivuca, Gerson Filho, entre outros sanfoneiros em sua casa, afinando seus instrumentos. Na década de 60, conheceu todos os grandes nomes do forró no lendário forró de Pedro Sertanejo, na rua Catumbi, 183, no Brás, onde começou a tocar.

Em 1963, gravou seu primeiro compacto aos 9 anos pela Cantagalo ainda com o nome de Oswaldo Silva, em 1974, já pela CBS passou a usar o nome Oswaldinho, mesmo do disco que postamos hoje, porém, em 1977 ele já estava na Copacabana, só veio a usar o nome de Oswaldinho do Acordeon em 1986 quando gravou junto com o pai o álbum “Forró em família”.

Passou por diversas gravadoras, mas nunca parou de gravar, em 2003, juntamente com Sivuca e Dominguinhos gravou o CD “Cada um Belisca um pouco”, pra quem não conhece realmente vale a dica.

Mas como o bacana mesmo é desenterrar os vinis, ai vai uma pedrada, “Forró pop”, vários forrós e já a indicação de que futuramente ele mesclaria o forró com vários outros ritmos e chegaria a tocar outros 10 instrumentos de teclas, além de rodar o mundo tocando e gravando com inúmeros e renomados artistas.

Nesse disco ainda preso as raízes, um deleite para os sanfoneiros e apreciadores de um bom forró instrumental, destaque para “Forró vingado”, “Respeite o tempero” e “Mar azul” de autoria própria.

Oswaldinho – Forró pop
1977 – SOM

01 Catingueira fulorô (Julinho – João do Vale)
02 Linda de natureza (José Carlos – Oswaldinho)
03 Chão mineiro (Oswaldinho)
04 Só pra ela (José Carlos)
05 Forró vingado (Oswaldinho)
06 Arco-íris (Oswaldinho)
07 Forró pop (Camarão)
08 Valentão (Oswaldinho)
09 Campo formoso (Pedro Sertanejo)
10 Menina da ciranda (Jacinto Limeira – Adauto Borges)

11 Respeite o tempero (Oswaldinho)
12 Mar azul (Oswaldinho)

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Aldair Soares – Todos cantam sua terra

Aldair Alice Soares, mais conhecido como Aldair Soares nasceu em 4 de maio de 1929 na cidade de Pedro Velho no Rio Grande do Norte, e veio a falecer dia 19 de Novembro de 1993, na cidade de Natal.

Iniciou a carreira na Rádio Poti de Natal, onde cantava sambas canção. Depois de fazer sucesso na terra natal mudou para o Rio de Janeiro onde passou a se apresentar na Rádio Nacional. Divulgou a história de que teria viajado para o Rio de Janeiro num “pau-de-arara”, meio de transporte através de caminhão muito usado em meados do século XX. Passou então a ser conhecido como “O pau-de-arara”.

Gravou o primeiro disco em 1953 na Columbia cantando de sua autoria e W. Cardoso o coco “Balança o corpo” e de Jorge de Castro e Catulo de Paula, a toada baião “Saudade de Maceió”. No ano seguinte, gravou o xote “Canela fina”, de Silvio Trancoso e João do Vale e de sua autoria, o baião “Alvoroço no sertão”. Em 1955 gravou os baiões “Meu brejão”, do maestro Guio de Moraes e “Todos gostam de você”, Heitor dos Prazeres e Kaumer Teixeira e “Moinho d’água”, de Francisco Elion e Edson França. Em 1957 gravou na Continental o xote “Chofer de caminhão”, de João do Vale e João Costa Neto e o coco “Pé do lageiro”, de João do Vale, José Cândido e Paulo Bangu. Recebeu o troféu “Os melhores da semana”, da TV Tupi do Rio de Janeiro. Um de seus maiores sucessos foi “Alvoroço no sertão”, regravada pelo Trio Marayá e pela cantora Clara Nunes. (texto retirado do site Dicionario Cravo Albim da música popular brasileira)

Aldair Soares – Todos cantam sua terra
Copacabana

01. A.volta da jangada (Aldair Soares – Jorge Fittipaldi)
02. A vedete do siridó (Raymundo Evangelista – Airton Ramalho)
03. Nós num have (Zé Dantas)
04. Moinho d´agua (Edson França – F. Elion Nobre)
05. Arueira (João do vale – Rossini Pacheco – Alventino Cavalcanti)
06. Papagaio legal (Hugo Lisboa)
07. Sina de pescador (Bob Nelson – Antonio Silva)
08. Deixa eu ir pai (Enock Figueiredo – Aldair Soares)
09. Todos cantam sua terra (João do vale – Julinho)
10. Hístoria de um vaqueiro (Enok Figueiredo)
11. Pé do Lageiro (João do Vale – José Candido – Paulo R. Melo)
12. Alvoroço no sertão (Raymundo Evangelista – Aldair Soares)

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Bezerra da Silva – O rei do côco vol.2 – 1976

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Intérprete, compositor e instrumentista, José Bezerra da Silva nasceu no Recife – PE, no dia 23 de fevereiro de 1927, aos 9 anos já tocava zabumba e cantava côco, aos 15 anos Bezerra viajou para o Rio de Janeiro clandestinamente num navio que transportava açúcar, frustrou-se com objetivo de procurar o pai e acabou ficando por lá.

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Trabalhou na construção civil e ajuntou-se com uma nega e foi morar num barraco no Morro do Cantagalo. Tornou-se boêmio e malandro, tendo sido detido pela polícia mais de vinte vezes. Foi acolhido em um terreiro de umbanda, onde descobriu sua mediunidade e soube, através de uma mãe-de-santo, que o seu destino era a música.

Iniciado na música pelo côco de Jackson do Pandeiro, começou, em 1950, sua carreira como ritmista na Rádio Clube tocava tamborim, surdo e instrumentos de percussão em geral. Suas primeiras composições, “O Preguiçoso” e “Meu Veneno”, foram gravadas por Jackson.

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Seu primeiro disco, um compacto, foi gravado em 1969, pela Copacabana, e o primeiro LP seis anos depois, “O rei do côco”(vol 1). Bezerra da Silva estudou violão clássico por oito anos e passou outros oito anos tocando na orquestra da TV Globo. Era um dos poucos partideiros que sabia ler música.

Depois, dedicou-se ao samba de partido alto e ganhou fama nacional. Em sua obra, canta as mazelas do morro, a violência policial, o tráfico e consumo de drogas, utilizando-se de refinada ironia e linguagem típica dos malandros.

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Como aqui o que interessa é o forró, apresentamos um disco bastante raro que registra que Bezerra tentou se destacar com o côco antes de cair no samba. Nesse disco de 1976, nota-se uma divisão clara no stereo, só a voz no meio, além dos diversos instrumentos percussivos precisamente divididos, em algumas músicas, berimbau na direita e congas na esquerda, baixo de um lado e 7 cordas do outro, se puder ouvir num fone de ouvido fica mais fácil de perceber esses detalhes.

Dispa-se de preconceitos e dance um forrózinho cantado pelo Bezerra, destaque para a faixa “O rei do côco”, de autoria própria que seria regravada em ritmo de samba mais recentemente.

Bezerra da Silva – O rei do côco vol.2 1976

01. Se não souber dizer (Buco do Pandeiro)
02. Assim, sim (Janice – Carlinhos do Cavaco)
03. Carne de pescoço (Bezerra da Silva – Darcy de Souza)
04. Pour la madame (Bucy Moreira – Arnô Canegal)
05. Não sou valente (Dida – Neoci)
06. O rei do côco (Bezerra da Silva)
07. Vamos s´imbora nenem (Avarése)
08. Cara de boi (Dicró – Bezerra da Silva)
09. Mãe é sempre mãe (Bezerra da Silva)
10. Segura a viola (Pernambuco – Betinho)
11. Côco do trocadilho (Buco do Pandeiro)
12. Bruta inveja (Bezerra da Silva – Nilo Dias)

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