O maior Acordeon do mundo

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O maior Acordeon do mundo exposto no museu na antiga fabrica de Acordeon Paolo Soprani.

Acordeons ou sanfonas?

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Acordeons ou sanfonas?

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Texto – Preâmbulo do acordeon

Há um bom tempo, o amigo e sanfoneiro Lino de França me passou o link pra esse texto. O texto é de Lauro Valério e conta um pouco da história desse instrumento musical fabuloso.

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Como disse Gonzaga, a sanfona vale por 10 instrumentos. Não tenho dúvida quanto a isso, ainda mais agora com as novas Rolands, né PC? Para os instrumentistas e aficcionados em música, vale a pena. Segue o trecho inícial do texto.

“O povo Chinês que inventou o macarrão, a pólvora, a bússola, inventou também (3.000 Anos Antes de Cristo) um instrumento musical chamado “TCHNENG” uma espécie de órgão de boca tido como precursor do acordeon que seria inventado no ano de 1829 por Cyrillus Demian, austríaco de Viena que no dia seis de maio do mesmo ano registrou a patente de um organeto com cinco botões formando cinco acordes, batizando-o com o nome de Accordeon.

Em 19 de junho também de 1829 Sir Charles Wheatstone (em Londres) registra a patente de um instrumento chamado Concertina. Esses dois instrumentos fizeram um sucesso imediato, a concertina foi muito difundida entre os marinheiros da Grã-Bretanha e o acordeon encontra milhares de admiradores em todos os países da Europa Central, sendo muito usado em festas populares e folclóricas. No ano de 1836 foi publicado em Viena um dos primeiros métodos para ensino de acordeon). Como vimos o acordeon nasceu muito simples, mas imediatamente teve um extraordinário sucesso dado sua facilidade de uso; consegue a adesão de um crescente número de apreciadores e também um grande número de pessoas se empenhado em desenvolver mais e melhorar esse instrumento, ampliando seus parâmetros, dimensionando suas possibilidades.

Conta a historia que tudo nasce sempre por acaso, a lenda diz que certa noite do ano de 1863 um viajante austríaco, voltando do santuário de ‘Nossa Senhora di Loreto’ ficou hospedado na casa de Antonio Soprani, um pobre lavrador que vivia em um pequeno sitio próximo à cidade de Castelfidardo pai de quatro filhos, Settimio, Paolo, Pasquale e Nicola Soprani. O viajante portava um exemplar de um acordeon rudimentar, atraindo rapidamente a curiosidade e o interesse de Paolo Soprani que tinha na época 19 anos de idade. Não se sabe como esse instrumento foi parar nas mãos de Paolo, uns falam que foi dado de presente pelo viajante austríaco em agradecimento pela hospitalidade de Antonio, outros falam que teria sido por “outros meios”, fato é que Paolo ficou apaixonado pelo instrumento, passou a aperfeiçoá-lo e desenvolveu um novo acordeon e nasce a clássica fisarmônica italiana, que seguiria aperfeiçoando ate os dias de hoje conquistando o mundo.

Em 1864 inicia com seus irmãos Settimo e Pasquale a fabricação dos primeiros acordeões italianos, ainda na casa do sitio, daí com os sucessos das vendas crescendo sempre, constrói em 1872 a primeira grande fábrica no centro da cidade de Castelfidardo. Os primeiros compradores eram Ciganos, Peregrinos, e vendedores ambulantes que visitavam o santuário de Loreto; cabe dizer q paralelamente a Paolo Soprani no ano de 1876 na cidade de Stradella província de Pavia, Mariano Dallapè (natural de Trento) inicia uma fabricação artesanal produzindo na época acordeões de altíssima qualidade. Em 1890 ainda em Stradella é fundada a fabrica “Salas” pelos sócios Ercole Maga, Dante Barozzi e Guglielmo Bonfoco, também no mesmo período nasce a fabrica de ‘Fratelli Crosio’, a ‘Cooperativa Armoniche’. No inicio dos anos 1900 outro pólo produtivo nasce em Vercelli. Todas essas indústrias desenvolveram e cresceram muito, aperfeiçoaram e exportaram acordeões por todo mundo. Neste momento, começa ser introduzido no Brasil os primeiros exemplares, trazidos pela imigração italiana e alemã, parte ficando em São Paulo e outros em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O acordeon no Brasil foi muito difundido, na década de 1950 era comum encontrar dois acordeões na mesma casa. Esse instrumento com varias configurações se adaptaram com a cultura de todos os povos do globo quer seja em sua musica popular folclórica ou erudita. Nos anos 60 com o advento do movimento da música “rock” o acordeon perdeu muito de sua força levando ao fechamento de uma grande quantidade de fabricas (só no Brasil na região sul e sudeste existiam cerca de 32 fábricas) hoje não resta nenhuma. Contudo ainda se fabrica na Itália acordeões modernos sofisticados e com certeza essa cultura não vai perecer, pois hoje esse instrumento, está difundido e apreciado em todas as classes sociais sendo apreciado em festas populares e em teatros com orquestras, executando belíssimas pecas de concertos por exímios acordeonistas amadores e profissionais. Este é um pequeno resumo da história do acordeon.”

Lauro Valerio

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