Abdias – Forró ao vivo

Essa é uma colaboração do Kalino Vaz, que coleciona discos lançados até 1971. A maioria dos seus discos foram conseguidos através de amigos que compartilham o mesmo gosto musical. Ele disse:

“‘Clássico do forró presente na Universidade Da Vida no embalo da música brasileira!’
O disco é de 1969 e retrata um forró bem animado. ”

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O disco alterna belas músicas com falas do Coroné Catuaba, que entretem e anima uma grande festa onde o protagonista é o mestre Abdias e seu fole de oito baixos. Segundo o Thiago Silva, lá de Recife – PE, o ‘Coroné Catuaba”, mestre de cerimônias da festa, é o Luiz Queiroga.

Uma coisa interessante de se observar, é a foto da capa, que aparentemente está invertida. Repare bem, parece que são as damas que estão conduzindo os cavalheiros.

Abdias – Forró ao vivo
1969 – CBS

#01. Forró ao vivo (Genival Lacerda – Zé Pacheco)
#02. Forró embuletado (Antonio Bezerra – Florival Ferreira)
#03. Anita vem dançar (Severino Ramos)
#04. Zé Calango no forró (Jacinto Silva – Sebastião Rodrigues)
#05. Forró em carfarnaum (J. Cavalcanti – Hernane Galvão)
#06. Vamos merengá (Osvaldo Oliveira)
#07. Vou doar meu coração (Antonio Barros)
#08. Brincando (Ratinho)
#09. Mordedura (Abdias Filho)
#10. Quadrilha avançada (Othon Russo – Niquinho)
#11. Minha ex-mulher (Severino Ramos – José Pereira)

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Venâncio e Corumba – Pagodeando no côco

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Tá ai uma dupla de sucesso e de grande desconhecimento por parte dos apreciadores da boa música brasileira.

Marcos Cavalcanti de Albuquerque, o Venâncio é de Recife, PE e nasceu em 07/10/1909, Manoel José do Espírito Santo, o Corumba também é da mesma cidade e nasceu em 11/6/1914.

Venâncio iniciou a carreira artística cantando cocos nas festas de São João, Santana e São Pedro. Um dia foi convidado para substituir um ator numa apresentação teatral e acabou gostando tanto que foi fazer curso de teatro no Círculo Operário. Tornou-se diretor teatral do grupo de teatro do próprio círculo. Em 1928, conheceu Manoel José, o Corumba, formando uma das mais longas parcerias da música nordestina.

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Começaram a se apresentar na Rádio Clube de Pernambuco, onde permaneceram durante 11 anos, apresentando programas musicais e humorísticos. No princípio da década de 1940 resolveram mudar para o Rio de Janeiro para dar prosseguimento à carreira artística. Trabalharam nas rádios Tupi e Tamoio. (texto retirado do site Dicionário Cravo Albim da Música Popular Brasileira)

Compositores, cantores, radialistas e produtores tiveram suas músicas interpretadas por praticamente todos os maiores nomes da nossa música nordestina, entre eles estão: Jackson do Pandeiro, Marinês, Ary Lobo, Zito Borborema, Anastácia, Luis Wanderley, Sebastião do Rojão, Trio Nordestino entre diversos outros.

Nesse LP lançado em 1969 a dupla canta sucessos seus e músicas também de outros compositores. Destaco dessa dupla a bela adaptação “Boi da Cajarana” também gravada por Luis Vanderley e “O navio de Valença” de Antônio Valença.

Venâncio e Corumba – Pagodeando no côco
Premier – 1969

01. Mandaú quebrando pedra (Guriatã de Coqueiro – J. Haidar)
02. O navio de valença (Antônio Valença)
03. Minha Bahia (Venâncio – Corumba)
04. Sulandá (Motivo Popular do Norte – Adaptação: Venâncio – Corumba)
05. Côco rimado em Caruaru (Guriatã de Coqueiro – Vanderley Giacomini)
06. O côco sou eu (Venâncio – Corumba)
07. O boi da cajarana (Motivo Popular – Adaptação: Venâncio – Corumba)
08. Quando chego numa sala (Motivo Popular – Adaptação: Venâncio – Corumba)
09. É ou não é (Venâncio – Corumba)
10. Côco do B (José Luiz)
11. Côco do Ceará (Guriatã de Coqueiro – Reginaldo Santos)
12. Nossa saudação (Luiz de França – Venâncio – Corumba)

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Zé do Norte – Mulher rendeira

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Como nesse domingo o compacto postado nos foi enviado pelo nosso amigo Cacai de Brasília, o Dj Rick nos enviou um LP para ser postado, aliás, um belo LP.

O disco postado hoje é de um grande artista popular brasileiro, Alfredo Ricardo do Nascimento, um artista de origem humilde. Seus pais faleceram muito cedo, ele possuía apenas 11 anos. Alfredo do Nascimento, até os 16 anos viajou com tropas de burros pelos sertões da Paraíba, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e até Codó do Maranhão.

Nunca estudou música, mas desde criança acompanhou grandes cantores, nunca perdendo se quer um ensaio da banda regida pelo mestre João Bastista Siqueira banda que posteriormente foi intitulada como Catedrático da escola Nacional de Música, da universidade do Rio de Janeiro, o influenciando em trabalhos artísticos culturais de alto nível.

Aos 30 anos de idade foi descoberto numa feira de amostras no Rio de Janeiro por Joracy Camargo, onde foi convidado para participar de uma apresentação para 20 mil pessoas ao lado dos consagrados Silvio Caldas e Orlando Silva. A platéia vibrou principalmente com a música “Errou o Tiro”, em que debochava do comandante que matou Lampião.

Em 1939 adotou o nome artístico de Zé do Norte e foi convidado por Lacy Martins, irmão de Herivelto Martins, para cantar na Rádio Tupi.

Em 1950 foi convidado pelo diretor Lima Barreto para fazer a trilha sonora do filme “O Cangaceiro”, filme que ilustra a história do cangaceiro Lampião. A conselho da escritora Raquel de Queiroz, então roteirista, foi indicado como consultor de linguagem para o mesmo filme.

O filme ganhou o prêmio de melhor filme no Festival de Cannes. Da trilha sonora destacaram-se “Sodade, meu bem, sodade”, que foi sua primeira composição escrita aos 11 anos de idade, gravada para o filme com a atriz Vanja Orico. Destaca-se também na trilha as canções “Lua bonita”, “Mulher rendeira” e o coco “Meu pião”, que tomam referências ao seu tempo de criança. Todas essas músicas fizeram grande sucesso e chegaram a ser gravadas no exterior.

O disco de hoje apresentam essas composições, gravada pela Chantecler, uma coletânea musical de melhor categoria, no gênero folclórico-regionalista, um autêntico documento para os pesquisadores. (Texto e disco enviados por DJ RICK)

Zé do Norte – Mulher rendeira
Chantecler – 1969

01. Balança a Rede (Zé do Norte / Waldemar Gomes)
02. Meu Pião (Zé do Norte)
03. Lua Bonita (Zé do Norte / Zé Martins)
04. Espingarda Pá (Tradicional / Adpt. Zé do Norte)
05. Sapato de Algodão (Zé do Norte)
06. Os Retirantes (Zé do Norte / Péricles Sales)
07. Sem Mulher Não Tenho Sono (Zé do Norte)
08. Mulher Rendeira (Tradicional / Adpt. Zé do Norte)
09. Sodade Meu Bem Sodade (Zé do Norte)
10. Godero (Zé do Norte / Solange Andrade do Nascimento)
11. Coco de Amaralina (Zé do Norte / Raimundo Alves)

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Jacinto Silva e Osvaldo Oliveira – É caco pra todo lado

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Já faz algum tempo que eu vejo que é pedido por aqui algum disco do Osvaldo Oliveira, essa semana eu estava com vontade de postar mais alguma coisa sobre o Jacinto Silva, então escolhi esse grande álbum onde os dois cantores aparecem juntos, dividindo um LP, um lado fica com Jacinto Silva e o outro com Osvaldo Oliveira.

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Após esse disco, eles lançaram também um segundo em parceria, que é o “Jogo do amor” em 1970, também gravado pela CBS.

Desse disco eu destacaria duas faixas que muito me agradam, uma é a própria “É caco pra todo lado”, de autoria de Osvaldo Oliveira e R. Conceição e cantada por Osvaldo Oliveira, e a outra cantada pelo Jacinto Silva “Luar de Campina” de autoria de José Ferreira.

Jacinto silva e Osvaldo Oliveira – É caco pra todo lado
CBS – 1969

01. No pézinho da fogueira – Osvaldo Oliveira (Antonio Barros)
02. É caco pra todo lado – Osvaldo Oliveira (Osvaldo Oliveira – R. Conceição)
03. O canto do galo – Osvaldo Oliveira (Jorge Paiva)
04. Lembrança medonha – Osvaldo Oliveira (Osvaldo Oliveira – Antonio Bezerra)
05. A voz da razão – Osvaldo Oliveira (Osvaldo Oliveira – R. Conceição)
06. Serrador de primeira – Osvaldo Oliveira (Agripino Aroeira – Osvaldo Oliveira)
07. Vem cá morena – Jacinto Silva (Juarez Santiago – Djalma Lourenço)
08. O tocador quer beber – Jacinto Silva (Jacinto Silva – R. Sandoval de Melo)
09. Luar de Campina – Jacinto Silva (José Ferreira)
10. Orgulho de vaqueiro – Jacinto Silva (José Antonio – Jacinto Silva)
11. Cante cantador – Jacinto Silva (João Silva – Jacinto Silva)
12. Pagode na serra – Jacinto Silva (D. Matias – Jacinto Silva)

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Carmélia Alves – Correndo o norte

Carmélia Alves é Carioca da gema e nasceu em 14 de fevereiro de 1925. Apesar de ser carioca, seu contato com a música nordestina se deu desde cedo, pois Carmélia era filha de pais Cearenses, que sempre organizavam festas de repentistas em sua casa.

No começo de sua carreira no começo dos anos 40 ela interpretava sambas, foi em 1949 que ela gravou ao lado de IvonCuri o seu primeiro baião, de nome ‘Me Leva’.

Deste então Carmélia Alves se tornou uma das maiores divulgadoras do baião aqui pelo sudeste, sendo inclusive coroada por Luiz Gonzaga, o rei do baião como a rainha do Baião.

Carmélia Alves – Correndo o norte
1969 – Cantagalo

01. Dançar baião (Lindolfo Barbosa)
02. Vai pensando (Evaldo Gouveia – Jair Amorim)
03. Marinheiro só (Caetano Veloso)
04. Delim-dilá (João Silva – José Pereira)
05. Lavadeira (João Silva – Anatalicio)
06. Xenhenhem (João Silva – Raimundo Evangelista)
07. Baião de Santa Luzia (Luiz Bandeira)
08. Moinho d´água (Edinho – Francisco Elion)
09. Viola do Zé (Zé Menezes – Luiz Bittencourt)
10. Cajueiro doce (Manézinho Araújo – Antonio Maria)
11. Correndo o norte (Luiz Vieira)
12. Eles não são mansos não (Zé Dantas – Jimmy Lester)

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