Cap16 – Forró MPB (década de 1970) – Livro – O que é o Forró? (2022)

O Forró tradicional sempre existiu, mas teve seus altos e baixos. Durante a década de 1960 foi sufocado por outros estilos musicais, como a Bossa Nova, o Iê-iê-iê, o Rock e o Jazz. Teve uma nova ascensão com a chegada dos artistas do “Forró MPB” (Música Popular Brasileira).
Forró MPB (década de 1970)
Artistas jovens, com influências do Forró Tradicional e a ousadia própria da idade, misturaram o Forró com as tendências musicais da época, como o Rock, por exemplo, resgatando o gênero para o cenário artístico e os holofotes da mídia.
Um período caracterizado pelo aumento da complexidade da arquitetura melódica e harmônica nas gravações. Esses jovens renovam o interesse nacional pelo Forró, atraindo novos olhares com composições revolucionárias e resgatando os ícones das décadas anteriores.
Certa vez, Alceu Valença, quando de passagem por Pernambuco, resolveu dar uma “passada” em Exu para conhecer o Rei do Baião. A visita rendeu uma gravação juntos.
Uma outra interação de gerações notória foi quando Geraldo Azevedo e Alceu Valença bateram à porta de Jackson do Pandeiro para conhecê-lo e convidá-lo para participarem juntos de um festival de música.

Já na década seguinte, de 1980, o Forró perderia novamente espaço para a música estrangeira e suas variáveis nacionais, como Rock, Baladas Românticas, música Brega (ou de “Roedeira”) e Lambada, basicamente fenômenos de mídia e seus espectros seletivos. Os bons ficaram, os maus passaram e os antigos hibernaram outra vez.
Com essas influências, escreve-se um novo capítulo na história do Forró, com o surgimento das grandes bandas e seus pragmatismos estéticos e parafernálias sonoras.

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