Dominguinhos – Pé de poeira

Na década de 1990 pudemos observar a força da mídia que recém descobrira que conseguiria vender qualquer coisa, independentemente da sua qualidade, que por sua vez, era o fator primordial até então. Deu-se durante esse período, de transição do vinil para o CD, a ida de vários artistas nordestinos para o ostracismo, foi o início de um período negro para a música brasileira.

Dominguinhos é um dos poucos artistas que conseguiu driblar todos os interesses econômicos e as tendências impostas pelas gravadoras e pôde continuar gravando e produzindo de forma constante, lançando ao menos um álbum a cada ano.

Esse CD, que também foi lançado em vinil, tem arranjos e regência de Heraldo do Monte. Destaque para o forró “Fogo na paia”, para o maravilhoso instrumental título do álbum e para o xote “Você é ouro”, com participação de Nando Cordel.

Dominguinhos – Pé de poeira
1996 – Continental

01 – Ô xará (Zé Mocó – João Silva)
02 – Fogo na “paia” (Cecéu – Antônio Barros)
03 – Pot-pourri:
• Numa sala de reboco (José Marcolino-Luiz Gonzaga)
• Quando chega o verão (Dominguinhos-Abel Silva)
• Eu só quero um xodó (Dominguinhos-Anastácia)
04 – Canto nordestino (Airton Oliveira – Dominguinhos)
05 – Pé de poeira [Puxa o fole Eurides] (Dominguinhos)
06 – Corre pelo coração (Dominguinhos – Nando Cordel)
07 – Tô sozinho (Sebastião do Rojão)
08 – Maravilhoso São João (Dominguinhos)
09 – Coisa muito fina (Eliezer Setton)
10 – Recife minha paixão (Zezum)
11 – Você é ouro (Dominguinhos – Nando Cordel)
12 – Eu chego cedo (Clésio – Dominguinhos)
13 – Terra da procissão (Hélio Matheus)

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Coletânea – No tempo dos bons tempos 4 – Em tempo de nordeste

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Taí um disco que faz tempo que eu estava querendo postar, hoje deixei a preguiça de lado e aqui está.

Esse é o volume 4 de uma série de discos lançados pela gravadora Fontana: “No tempo dos bons tempos”. Essa série apresenta gravações originais anteriormente lançadas em 78 RPM. No caso desse disco, por exemplo, retoma gravações de 1956, 1957 e 1958.

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Aqui neste LP contamos com a presença de 4 grupos bem marcantes por seus diferentes estilos, são eles: Jorge Fernandes, Vanja Orico, Trio Nagê, e o Trio Marayá.

Encontraremos entre essas gravações, versões de músicas já conhecidas em geral, como por exemplo “Boiadeiro”, interpretada pelo Trio Nagô e “Pé do Lagêro”, interpretada pelo Trio Marayá e mais conhecida pela versão de João do Vale, um dos seus compositores.

Coletânea – No tempo dos bons tempos 4 – Em tempo de nordeste
Fontana – 1972

01. Mulé rendeira – Vanja Orico (D.P)
02. Boiadeiro – Trio Nagô (Klecius Caldas – Armando Cavalcanti)
03. Rolete de cana – Jorge Fernandes (Oswaldo Santiago – Dilú Melo)
04. Choveu no Ceará – Trio Marayá (Catulo de Paula)
05. Prenda minha – Vanja Orico (D.P)
06. Baião do chofer – Trio Nagô (Miguel Gustavo)
07. Querer bem não é pecado – Jorge Fernandes (Osvaldo de Souza)
08. Maria Filó – Trio Marayá (Luiz Vieira – João do Vale)
09. Birimbau – Vanja Orico (J. L. Paiva Mello – Clodoaldo Brito)
10. Aquarela cearense – Trio Nagô (Waldemar Ressureição)
11. Baianinha – Jorge Fernandes (Babi Oliveira)
12. Pé do lagero – Trio Marayá (João do Vale – José Candido – Paulo Bangu)

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Marinês – Compacto – 1966

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Marinês, mesmo esquecida pelo volúvel eixo Rio – São Paulo, jamais deixou de fazer sucesso no nordeste, foi a única mulher que carregou a bandeira do forró, envergando as ferramentas de gigantes do porte de Gonzaga e Jackson do Pandeiro.

Marinês nunca cantou outro tipo de música que não fosse o forró, o xote, o baião, o côco e o xaxado. Ou seja, tem toda a visceralidade da força do nordeste, sem concessão.

Por tudo que Marinês foi, a homenagem desse domingo não poderia ser diferente.

O compacto postado hoje, é um compacto simples gravado pela CBS em 1966. A primeira música de Geraldo Vandré e Théo, intitula-se “Disparada”. Gostaria de destacar essa faixa, pois em sua letra justamente faz uma menção aos nordestinos valentes que, como ela, são corajosos e enfrentam todas as dificuldades, incluse a morte sem chorar.

A segunda faixa “Menino Não Me Arremede” de J. Cavalcanti e Venancio, conta a história de uma mãe que não possui estudo e aconselha o filho à não seguir o mesmo caminho. (texto escrito e disco enviado por Dj Rick)

Marinês – Compacto
CBS – 1966

01. Disparada (Theo de Barros / Geraldo Vandré)
02. Menino Não Me Arremede (J. Cavalcanti / Venâncio)

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CD – Mestre Zinho – Forró do apagão

Nascido em Rio Largo – AL, sua formação musical sofreu a influência do avô, conhecido como Mestre Bruno, que era tocador de sanfona de oito baixos e que muito o incentivou.

Cantor e compositor, iniciou sua carreira artística em 1980, integrando, como vocalista, o trio Os 3 do Nordeste, com o qual permaneceu durante oito anos, gravando nesse período, sete LPs pelas gravadoras Copacabana e Top Tape.

Em 2002, lançou, com sucesso, o CD “Forró do apagão”, produzido de forma independente, lá em Maceió, com arranjos e sanfonas de Genário e zabumba, triângulo e agogô gravados por Quartinha. Destaques para a faixa título, “Forró do apagão” de Maciel Melo, “Cheirando Tabaco” e “Relâmpago e trovão” ambas de autoria do Pinto do acordeon.

Mestre Zinho – Forró do apagão
2002

01 Forró do apagão (Maciel Melo)
02 Tolice de nós dois(Aracílio Araújo)
03 Cheirando tabaco (Pinto do acordeon)
04 Relâmpago e trovão (Pinto do acordeon)
05 Dia de namorados(Maciel Melo)
06 Lembrança que ficou (Paulinho Leite – Karoba Nunes)
07 Cadê você (Eudes – Mestre Zinho)
08 Vida boa aperriada (Pinto do acordeon)
09 Du cabrunco (Mestre Zinho – Agamenon)
10 Chave do destino (Cláudio Rios)
11 Uma luz no fim do túnel (Cláudio Rios)
12 Brilha Caruaru (Totonho)

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Luiz Gonzaga – Capim novo

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“Estamos em 1976 e lá se vão 64 anos de vida e quase 40 de carreira e o que surpreende nesse Lua de obra tão lírica quanto o apelido, é a coerência e o sentido de permanência de sua obra, mesmo num tempo que não tem sido muito benfazejo para com a verdadeira música rural brasileira.

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O que surpreende é a eternidade de algumas de suas músicas, o raro sentido de observação com que foram compostas e lançadas nas acadêmicas parcerias com Humberto Teixeira ou Zé Dantas.”(Trecho extraído da contra-capa)

Gravado em 16 canais, com produção de Rildo Hora e arranjos de Severino Araújo, destaque para “Apologia ao jumento”.

Luiz Gonzaga – Capim novo
1976 – RCA

01. Capim novo (Luiz Gonzaga – José Clementino)
02. Carapeba (Luiz Bandeira – Julinho)
03. Sanfona sentida (Dominguinhos – Anastácia)
04. Mané gambá (Luiz Gonzaga – Jorge de Altinho)
05. Saudade doi (Humberto Teixeira)
06. Bandinha de fé (Hildelito Parente)
07. Fulo da maravilha (Luiz Bandeira)
08. Quero ver (D. Matias)
09. São João nas capitá (Luiz Ramalho – Luiz Gonzaga)
10. Nos cafundó de bodocó (Jurandy da Feira)
11. Roendo unha (Luiz Ramalho – Luiz Gonzaga)
12. Apologia ao Jumento (o jumento é nosso irmão) (Luiz Gonzaga – José Clementino)

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Tororó do Rojão – Segura menino

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Manoel Apolinário da Silva, 65 anos, alagoano do município de Matriz do Camaragibe, completa 35 anos dedicados à música popular e típica do Nordeste, o Tororó do Rojão, como é conhecido.

Ele aprendeu a viver da música regional, do forró pé-de-serra, com outro nordestino, Luiz Gonzaga, para quem trabalhou como motorista. Em seguida teve a oportunidade de compor a sua banda, tocando triângulo.

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De lá para cá gravou um compacto, dois discos de vinil e um CD: “O povo não quis acreditar”. O CD só saiu graças ao apoio do poder público, depois de muita pressão. Tororó do Rojão tem um estilo que se assemelha ao estilo de Jacinto Silva e ao de Genival Lacerda no inicío de sua carreira.

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Desse disco eu destaco duas faixas em especial que muito me agradam, são elas “Segura menino”, faixa que da nome ao disco e é de autoria de Antonio Firmino da Paz e do Xoxo, também destacaria “A minha é pura”, do próprio Tororó do Rojão.

Tororó do Rojão – Segura menino
RN – 1981

01. Segura menino (Antonio Firmino da Paz – Xoxo)
02. Noite de fogueira (Osair Paiva da Guia)
03. Fazenda mola (Tororó do Rojão – Pedro Ananias)
04. Zé mané (Tororó do Rojão – Piauzinho)
05. Oh! Zé (Osair Paiva da Guia)
06. Eu tenho direito de ser feliz (Osair Paiva da Guia)
07. A minha é pura (Tororó do Rojão)
08. Brejeiro é pura (Tororó do Rojão)
09. Segura o rojão (Luiz Barcelos de Mendonça)
10. O forró vai começar (Tororó do Rojão)
11. Mulher faladeira (Tororó do Rojão – João de Souza)
12. Benzinho vem cá (Osair Paiva da Guia)

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Para sabar mais sobre Tororó do Rojão, acesse o site Brasil em Vinil

Marinês – Marinês

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“Marinês nasceu lá em Pernambuco, mas cresceu mesmo foi na Paraíba, naquela cidade bonita de Campina Grande. Lá brincou, lá estudou, lá cantou e lá deixou um pedaço de vida, um pedaço de coração quando veio para o sul.

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Sentiu saudade, mas sentiu também que aqui poderia cantar seu pedaço de terra, o seu nordeste querido, mostrando que lá pra´quelas bandas a vida é boa.” (trecho extraído da contra-capa)

Marinês – Marinês
1967 – CBS

01. Eu chego lá (Abel Silva – João do Vale)
02. Aboio (Capinan – Gilberto Gil)
03. Vivendo e aprendendo (Anástacia – Italúcia)
04. Triste despedida (Geraldo Nunes – João Silva)
05. Assim nasceu o xaxado (Onildo Almeida – Agripino Aroeira)
06. Súplica nordestina (Niquinho – Cassiano – Ayrão Reis)
07. Procissão (Gilberto Gil)
08. Vento de maio (Gilberto Gil – Torquato Neto)
09. Viramundo (Capinan – Gilberto Gil)
10. Mutirão (Sergio Ricardo)
11. Mãe sertaneja (Juvenal Lopes – Reinaldo Costa)
12. Caatingueira (Onildo Almeida – José Maria de Assis)

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Marinês – Desabafo

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Como já deve ser sabido por grande parte dos frequentadores aqui do site, no dia de ontem, segunda-feira 14 de maio de 2007 faleceu Inês Caetano de Oliveira, a nossa querida Marinês, rainha do Xaxado.

Vamos então aproveitar esse dia, não para ficarmos lamentando a perda desse grande ícone do forró, aproveitaremos esse dia para lembrar e agradecer sua passagem por aqui, para ouvir sua maravilhosa discografia, que deixa um grande legado para a música nordestina e brasileira.

Marinês ficará certamente guardada no coração de cada forrozeiro espalhado pelos 4 cantos desse imenso Brasil.

Nesse disco escolhido para homenagear essa grande cantora no dia de hoje, destacaria duas músicas. Uma certamente uma das que mais marcou sua carreira “Peba na pimenta” e a outra é o “Xote do beliscão”.

Marinês – Desabafo
Copacabana – 1982

01. Xote do beliscão (Ary Monteiro – Leoncio – João do Vale)
02. Forró do furtuoso (Jorge de Castro – Luiz Vieira – João do Vale)
03. Pobre coitado (Zé do Maranhão)
04. Com a cabeça no lugar (Cecéu – Marinês)
05. Um deus pra cada um (Cecéu)
06. Apelo (Tarcisio Capistrano – D. Mathias)
07. Peba na pimenta (Adelino Rivera – José Batista – João do Vale)
08. Sacudir o pó (Cecéu)
09. Desabafo (Cecéu)
10. Mágoa (Lindolfo Barbosa – Anastácia)
11. O Camaleão (Assisão)
12. O papeiro é meu (Zé do Maranhão – Sidney Rocha)

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Jackson do Pandeiro – Forró do Jackson

As capas foram enviadas posteriormente pelo Everaldo Santana. Complementando o último 10 polegadas que publicamos do Jackson, hoje trazemos o álbum completo, porém sem a raridade “No quebradinho”, mas com todas as demais músicas, que se tornaram grandes sucessos na época.

Acima, o selo original e de um de seus re-lançamentos. Em 1958 ainda havia a preocupação de se colocar o nome do ritmo junto aos nomes das músicas, conhecimento que hoje em dia se perde cada vez mais rápido já que as coleções tornaram se virtuais e sem a preocupação da origem de cada música.

Destaques para “Falso Toureiro”, de autoria do Jackson com Heleno Clemente, regravada por Gilberto Gil; “Ele disse”, um rojão de Edgar Ferreira que retrata a saga de Getúlio Vargas, um dos nossos ex-presidentes; e “Meu enxoval” de Gordurinha, um dos melhores retratos sobre a ilusão que a migração para o sul e o conseqüente retiro do sertão poderiam aliviar o sofrimento que a seca causava.

Jackson do Pandeiro – Forró do Jackson
1958 – Copacabana

01. Falso Toureiro (Heleno Clemente – José Gomes) Côco
02. Rosa (Ruy de Moraes e Silva) Baião
03. Ele Disse (Edgar Ferreira) Rojão
04. Forró em Limoeiro (Edgar Ferreira) Rojão
05. Cumpadre João (Rosil Cavalcanti – Jackson do Pandeiro) Côco
06. Meu Enchoval (Gordurinha) Côco
07. Moxotó (José Gomes – Rosil Cavalcanti) Rojão
08. 17 na Corrente (Manoel Firmino Alves – Edgar Ferreira)
09. Coco do Norte (Rosil Cavalcanti) Côco
10. Êta Baião (Marçal Araujo) Baião
11. Cajueiro (Raimundo Baima – Jackson do Pandeiro) Côco

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Compacto – Genival Lacerda

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Hoje o disco postado é dedicado a duas grandes pessoas. Uma é o DJ Ivan, um dos maiores fãs e conhecedores da história e das músicas desse maravilhoso artista. A segunda pessoa é o própio Genival Lacerda, que apesar dos seus 76 anos de idade e mais de 50 anos de carreira esta ainda dando um espetáculo no palco. Estará sexta (19/05/2007) fazendo uma apresentação em São Paulo, recomendo a todos compareçam e prestigiem esse artista que sem dúvidas é uma lenda da música brasileira.

O disco postado desse domingo é um compacto simples, gravados pela Copacabana, com dois xotes, ambos com letras bem divertidas.

A primeira faixa, “Mate o Véio”, composta por João Gonçalves e o próprio Genival fala sobre as mulheres modernas, vindo de uma geração onde as mulheres eram muito conservadoras no modo se se vestir e agir, depara-se com a revolução feminina, as mulheres vestem roupas mais aconchegantes fazendo ele, o velho, passar mal em ver essas lindas mulheres.

A segunda faixa o “Jegue do Milionário”, composta por João Caetano e novamente por ele, Genival Lacerda, onde faz uma crítica aos brasileiros (Jégues) que abandonam sua pátria para viver em outros países por questão de status, esquecendo sua origem.

Então vamos conferir o que esse nos disco reserva. (texto escrito por Dj Rick)

Genival Lacerda – Compacto
Copacabana – 1983

01. Mate o veio mate (João Gonçalves – Genival Lacerda)
02. O jegue milionario (João Caetano – Genival Lacerda)

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